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Olimpíadas: o que é a E. coli, bactéria que tirou triatleta dos Jogos

Claire Michel, da Bélgica, contraiu infecção após nadar nas águas do rio Sena, em Paris, durante a prova individual do triatlo feminino

Por Maurício Brum
5 ago 2024, 13h54
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  • A poluição nas águas do rio Sena, em Paris, tem sido uma preocupação constante de organizadores e atletas nessas Olimpíadas. Após vários adiamentos, as provas do triatlo realizaram sua etapa de nado no local, mas uma má notícia veio nos dias seguintes: Claire Michel, da Bélgica, foi internada com uma infecção por E. coli poucos dias após a competição.

    A doença de Claire Michel obrigou os belgas a abandonarem a disputa do revezamento misto do triatlo, que acontecia nesta segunda-feira. Embora o Comitê Olímpico do país não tenha culpado explicitamente as águas do Sena pela infecção, sabe-se que era justamente essa bactéria, cujo nome completo é Escherichia coli, que mais preocupava a organização dos Jogos.

    Outros dois atletas, da Suíça e da Noruega, também adoeceram com sintomas intestinais, como noticiou a imprensa internacional, mas não há detalhes sobre os quadros.

    Conheça mais sobre a E. coli a seguir.

    +Leia também: Efeito Olimpíadas: assistir a esportes com amigos faz bem

    Quais são os sintomas de uma infecção por E. coli?

    Os sinais mais imediatos de um contágio por E. coli são sintomas gastrointestinais, com fortes dores abdominais, náusea, vômito e diarreia aquosa. Em casos mais graves, a diarreia pode ser sanguinolenta. Febre também é comum.

    Muitas vezes, o quadro é passageiro, apesar de ser extremamente desconfortável. No entanto, mesmo quando a infecção não progride para outros órgãos, é preciso ter atenção — vômitos e diarreia podem levar a quadros de desidratação severa, potencialmente fatais.

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    Alguns tipos de E. coli ainda podem provocar infecções urinárias e, em casos mais graves, problemas como a pielonefrite.

    Como a bactéria é contraída?

    No caso de Claire Michel, a suspeita é que ela tenha contraído a bactéria através da ingestão acidental de gotículas de água contaminadas no rio Sena. A ingestão (intencional ou não) de água poluída, geralmente por coliformes fecais, é uma das formas de pegar a doença, embora não seja a mais recorrente.

    O principal modo de contrair E. coli, geralmente, é através da alimentação — especialmente pelo consumo de vegetais que tiveram contato com água ou fezes contaminadas e não foram bem cozidos ou lavados. Também é possível ter a doença pelo consumo de carnes mal passadas que tenham sido contaminadas.

    Outros modos de pegar a bactéria incluem bebidas não pasteurizadas, como sucos, o leite cru ou produtos feitos a partir dele.

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    Qual o tratamento para E. coli?

    Muitos casos leves de E. coli podem até passar sozinhos, mas o indicado é sempre procurar ajuda médica se você tiver sintomas gastrointestinais severos.

    Isso é importante para identificar corretamente a doença que provocou o quadro — a E. coli pode ser tratada com antibióticos, mas há doenças virais com sintomas parecidos que não respondem a esses medicamentos, que só funcionam para bactérias.

    Sempre que estiver passando por vômitos e diarreia, fique de olho na hidratação. É importante repor não somente a água, mas também os sais minerais perdidos pelo organismo, o que pode ser feito com soro ou isotônicos, conforme orientação médica.

    Não subestime o problema: a E. coli é uma doença que pode matar, com grupos de maior risco incluindo imunocomprometidos, bebês menores de um ano e idosos.

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    Em geral, os primeiros sintomas de um contágio por E. coli aparecem de três a cinco dias após a infecção, mas a incubação pode levar quase duas semanas, dependendo do caso. Já os sintomas perduram, em média, de dois a 15 dias, de acordo com a gravidade da infecção e a resposta ao tratamento.

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