Lançada websérie sobre a vida com HIV e o que a cura significaria
Ícones da comunidade LGBT contam como é conviver com o vírus da aids e o que o fim da epidemia representaria a eles e milhões de outras vítimas
“Nós queremos revitalizar a comunidade LGBT, especialmente a geração mais nova, e engajá-la na busca pela cura da infecção pelo HIV”, afirma Kevin Frost, presidente da amfAR, a Fundação para Pesquisa da Aids, em um comunicado à imprensa. Esse é o principal motivo da produção da websérie “Vozes Épicas”, recentemente lançada no mundo inteiro.
Em cinco vídeos protagonizados por soropositivos de diferentes contextos, a iniciativa da amfAR ressalta a importância da conscientização a respeito dessa doença e do que a cerca. “Mostramos a percepção do HIV de maneiras particulares e distintas. Esperamos inspirar ações, dissipar o estigma e, quem sabe, até mudar a forma como a questão é vista e discutida atualmente”, argumenta Frost.
Ao longo dos episódios, a palavra cura ganha contornos e significados únicos. Ela é desde uma solução de saúde pública até uma forma de superar preconceitos e tabus, como destaca Mykki Blanco, drag queen que assumiu carregar o vírus em 2011 e faz parte da websérie.
Ken Williams, ativista na luta contra a aids e criador do blog “Ken Like Barbie” — outro entrevistado do projeto —, passa uma mensagem importante nesse sentido. “Ter o HIV não significa que eu seja um devasso, nem que eu seja descartável. O Cristo não me odeia porque tenho HIV. Não é o apocalipse gay”, diz. “O HIV não é gay. É global”, arremata.
No site da amfAR, você pode ver todos os episódios de “Vozes Épicas”. Abaixo, separamos os voltados a Ken Williams e Mykki Blanco, que já foram legendados em português. Confira: