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HIV é removido de animais vivos

A cura ainda não chegou, mas pesquisadores demonstraram que é possível extirpar o vírus da aids do DNA de animais vivos

Por Ana Luísa Moraes
Atualizado em 7 ago 2017, 10h43 - Publicado em 8 Maio 2017, 18h09

Uma equipe de cientistas norte-americanos provou, pela primeira vez, que é possível frear a replicação do HIV e eliminar o vírus do DNA de células animais infectadas. Os pesquisadores, da Universidade de Pittsburgh e da Universidade de Temple, usaram uma técnica poderosa de edição de genes, a chamada CRISPR/Cas9. O procedimento chama a atenção, porque consegue “cortar” uma parte específica do DNA, e, depois, juntar com precisão o que restou.

Antes de abordar o trabalho em si, cabe destacar que o vírus da aids consegue, digamos, fundir-se ao genoma de certas células do corpo humano. Por isso, aliás, que é tão difícil erradicá-lo do organismo — é como se ele se escondesse dentro do nosso material genético.

Pois bem: o novo estudo complementa outro publicado pelo mesmo grupo em 2016. Na ocasião, eles usaram ratos com o HIV incorporado no genoma. Posteriormente, o time foi capaz de deletar fragmentos genéticos do vírus na maioria dos casos avaliados. “A pesquisa recente é mais completa. Nós confirmamos os dados do trabalho anterior e melhoramos a eficiência da estratégia de edição de genes”, explica Wenhui Hu, líder da investigação.

Na análise atual, os experts começaram apagando o HIV de ratos transgênicos, que foram criados para apresentar um DNA com pedaços do vírus. Com isso, perceberam uma redução na expressão do vírus de até 95%, o que significa que o processo deu certo.

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A terapia foi então testada em roedores normais infectados com o EcoHIV, o equivalente do HIV humano. Os resultados apontaram que a CRISPR/Cas9 alcançou uma taxa de sucesso de 96% em eliminar o invasor do genoma.

O último modelo estudado foi o de camundongos que receberam transplantes com células imunes humanas, todas infectadas com o vírus da aids. Submetidos à intervenção, fragmentos do vírus foram eliminados dos órgãos, células e tecidos dos bichos. O próximo passo, como explicam os especialistas, é repetir o método em primatas. A meta final, eles afirmam, é testar o tratamento em pessoas.

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