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Herpes genital: o que é, quais os sintomas e como é o tratamento

Essa doença viral não tem cura, mas há tratamento para aliviar os sintomas. Cuidar da imunidade é essencial para evitar recorrência das lesões

Por Fabiana Schiavon
Atualizado em 1 mar 2023, 11h30 - Publicado em 12 jan 2023, 17h55
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  • O herpes é uma doença viral que se manifesta por pequenas bolhas agrupadas na pele. Ele é causado pelo vírus herpes simplex, que possui diversas cepas. É mais comum que o tipo 1 surja nos lábios (herpes labial), e o 2 nos órgãos sexuais. Ambos causam lesões.

    “Essa relação da versão do vírus com a região do corpo já não é tão exata, porque a prática de sexo oral tem levado o tipo 1 à genitália também”, pondera Lucas Olivotti, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade Pro Matre Paulista.

    Qualquer indivíduo, de todas as idades, está sujeito ao contágio, e a prevalência mundial da doença é alta. Estima-se que, no mundo, 400 milhões de pessoas estejam infectadas pelo tipo 2 desse vírus, segundo a Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Mas nem todas manifestam as lesões.

    “A infecção é comum em mulheres e pacientes que iniciaram a atividade sexual precocemente”, pontua o médico do Pro Matre.

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    Como o herpes genital é transmitido?

    Em geral, isso acontece através do toque direto com lesões já presentes na pele ou nas mucosas. O período de incubação do vírus é curto, de dois a sete dias.

    Há quem seja contaminado pelo vírus, mas não apresente sintomas de imediato. Mesmo assim, ainda pode passá-lo adiante.

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    “O contágio ocorre por meio do contato com secreções da vagina, do pênis, do ânus ou com o fluido oral de alguém infectado pelo vírus”, explica Caroline Goretti, ginecologista da Casa de Saúde São José, do Rio de Janeiro.

    + Leia também: Herpes labial: o que é, tratamentos, causas e cura

    Quais são os sintomas do herpes genital?

    Alguns indícios são:

    Os primeiros sinais da doença são formigamento ou desconforto no local. “Cerca de 12 a 24 horas após o contágio surgem pequenas vesículas que se agrupam sobre uma base avermelhada. A região coça, e as bolhas tendem a progredir para úlcera nos próximos dois a três dias, quando a dor aumenta”, descreve Caroline.

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    Esses incômodos têm seu ápice entre o sétimo e o décimo dia. O ciclo completo pode durar até três semanas, e tende a ser mais longo para imunossuprimidos.

    A primeira infecção de uma pessoa por herpes é um pouco mais sofrida, segundo os médicos.

    Como é feito o diagnóstico e qual é o tratamento?

    Herpes não têm cura. Uma vez que se instala no organismo, ele sempre pode voltar a atacar – daí porque seus sintomas podem ser recorrentes. No entanto, há tratamento para aliviar os sintomas.

    O médico faz o diagnóstico do herpes no consultório, a partir de um exame físico. Se houver muita dúvida, é possível solicitar testes de laboratório. Isso não é comum, segundo os especialistas, até porque não há necessidade de identificar o tipo de vírus para indicar o melhor tratamento.

    “Sugerimos medicamentos tópicos, como pomadas, e higienização do local. Em alguns casos, usamos antivirais para impedir a multiplicação do vírus, e antibióticos se houver risco de uma infecção bacteriana”, explica Olivotti.

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    Sem nenhum tratamento, as lesões podem até desaparecer no prazo de três semanas, mas esse período tende a ser sofrido.

    Não estourar as vesículas e não fazer sexo durante o período em que a lesão está ativa são atitudes primordiais. Há riscos de complicações em alguns casos.

    “Sem cuidados, pode haver retenção urinária ou disfunção do sistema nervoso autônomo e a disseminação do vírus no fígado, no pulmão e nas meninges”, alerta Caroline.

    + Leia também: De onde vem o herpes-zóster?

    Como evitar a recorrência das lesões?

    Uma vez infectado, o indivíduo com o vírus do herpes pode ver as lesões se manifestarem mais de uma vez. Para evitar essa repetição, não há outro caminho a não ser cuidar da imunidade.

    “Isso significa manter uma alimentação saudável, dormir bem e controlar o estresse como for possível”, exemplifica o ginecologista da Pro Matre.

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    Como prevenir o herpes?

    Quais são os riscos do herpes durante a gravidez?

    Há a possibilidade de surgir lesões de herpes durante uma gestação, e o cuidado, nesse caso, precisa ser redobrado. O risco aqui é transmitir o vírus para o bebê, o que pode ser fatal. No corpo da criança, ele evolui para meningite, meningoencefalite (inflamação no cérebro) e doenças oculares graves.

    “No início da gestação, há o risco de aborto e, no fim, especialmente na semana do parto, é indicada a cesária, para que o bebê não entre em contato com a lesão”, explica Olivotti.

    Se a mulher souber que tem o vírus encubado, deve avisar o médico. “No pré-natal, já ficamos alerta. Ao indício de qualquer sintoma, entramos com medicação para tentar evitar que o vírus chegue até o útero”, informa o médico.

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