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Herpes-zóster aumenta risco de doenças cardiovasculares, diz estudo

Pesquisa foi feita com 200 mil pacientes; doença pode ser prevenida com vacinação

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein*
30 dez 2022, 11h41

Pessoas que tiveram algum episódio de herpes-zóster – o popular cobreiro – têm um risco cerca de 30% maior de desenvolver doenças cardiovasculares a longo prazo, como acidente vascular cerebral ou infarto. O resultado é de um estudo americano inédito, publicado no Journal of the American Heart Association, que avaliou dados de mais de 200 mil pacientes durante 16 anos.

O herpe-zóster é causado pelo vírus varicela-zoster, o mesmo da catapora. Numa primeira infecção, ele leva à doença típica da infância. Depois, pode ficar adormecido no organismo e ser reativado anos mais tarde, provocando o “cobreiro”. Essa doença pode ter várias complicações, inclusive danos vasculares, segundo os autores da pesquisa.

“Trata-se de um estudo observacional, ou seja, não estabelece uma relação de causa e efeito entre o vírus e o evento cardiovascular”, ressalva o cardiologista Humberto Graner, do Hospital Israelita Albert Einstein, em Goiânia. Por isso, os dados não permitem dizer que o herpes zoster é um fator de risco cardíaco.

“No entanto, o artigo sugere que a infecção poderia sinalizar pacientes com maior chance de problemas cardiovasculares”, continua o especialista. “É uma informação que pode ser importante para auxiliar na prática clínica, indicando que esses pacientes, eventualmente, podem precisar de um acompanhamento mais próximo ou uma avaliação mais pormenorizada”.

+ Leia também: Herpes-zóster: prevenir (com vacina) é melhor do que remediar

Catapora x herpes-zóster

Após causar catapora, o vírus varicela-zoster se aloja em gânglios do sistema nervoso onde pode ficar latente por anos. Quando é reativado, deixa erupções na pele como pequenas bolhas muito dolorosas, normalmente no tronco e no abdômen, muitas vezes de um lado só do corpo, acompanhando o trajeto do nervo.

Estima-se que cerca de 30% das pessoas terão algum episódio da doença durante a vida. Na população que vive até os 85 anos, essa taxa sobe para 50%. A reativação do vírus está relacionada à queda de imunidade, o que também explica a maior incidência entre os mais velhos.

Tanto a varicela quanto o herpes-zóster podem ser prevenidos com a vacinação. A vacina contra a varicela está disponível na rede pública para crianças com 15 meses. Já o imunizante específico contra herpes zoster é indicado para adultos acima dos 50 anos, mas só está disponível na rede privada.

Esse texto foi publicado originalmente pela Agência Einstein

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