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Embolia pulmonar: entenda causa da morte de mulher que fez seis plásticas

Empresária se submeteu a diferentes procedimentos estéticos ao mesmo tempo no Ceará, recebendo diagnóstico de embolia nos dias seguintes à operação

Por Maurício Brum
2 out 2024, 16h25
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Interrupção da circulação sanguínea devido a bloqueio causado por coágulo causa a embolia pulmonar (Ilustração: brgfx/Freepik/Divulgação)
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A empresária Viviane Lira Monte, de 24 anos, morreu no final de setembro por complicações surgidas após realizar seis cirurgias plásticas ao mesmo tempo. Nesta semana, o Instituto Médico Legal (IML) divulgou um laudo informando que a causa do óbito foi uma embolia pulmonar.

Associada à coagulação, a embolia é uma das complicações mais sérias que podem ocorrer após operações, mas também pode ser ocasionada por outras questões de saúde. Conheça mais sobre ela.

O que é uma embolia pulmonar?

A embolia pulmonar ocorre quando coágulos sanguíneos (trombos) obstruem as artérias do pulmão. Ela pode ser causada por diferentes condições, e é uma preocupação recorrente após procedimentos cirúrgicos.

De forma imprevisível, os coágulos formados na sequência da operação, como parte do processo de cicatrização, podem migrar pelo corpo através da corrente sanguínea, chegando aos pulmões e causando problemas potencialmente fatais.

Essa “migração” não é imediata: é por isso que o período pós-operatório exige acompanhamento por alguns dias, com a equipe médica devendo monitorar os sintomas físicos. Em operações mais extensas, como no caso de Viviane, o risco é potencializado pelo período maior de imobilidade na recuperação. Passar muito tempo parado é outro ponto de atenção para o surgimento de trombos.

Além das cirurgias, o tabagismo, as varizes e a obesidade são questões crônicas que também favorecem a coagulação, assim como traumas físicos ou até o uso de alguns anticoncepcionais.

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Esses coágulos, porém, só causam uma embolia pulmonar quando efetivamente migram para o órgão e são grandes o bastante para provocar uma obstrução.

+Leia também: Trombose: 8 mitos e verdades sobre a doença

A embolia é sempre fatal?

Apesar de ser uma complicação grave, a embolia tem opções de tratamento e, por isso, nem sempre leva à morte. A abordagem depende da gravidade do quadro: medicamentos anticoagulantes podem ajudar na prevenção aos trombos e, quando eles já existem, pode-se recorrer à trombólise, quando outra classe de fármacos é usada para tentar dissolver os coágulos que já existem.

Em situações mais graves, também pode ser necessária a realização de um procedimento para a remoção física dos coágulos, por cateterismo ou cirurgia. O prognóstico, no entanto, depende da gravidade de cada quadro, e mesmo com tratamento há alguns casos que se revelam fatais.

Vale observar, ainda, que os coágulos que atingem os pulmões podem provocar sintomas e outras complicações mesmo quando não se revelam fatais. Falta de ar, dor no peito e taquicardia costumam ser os sintomas típicos e devem causar alarme se são experienciados nos dias seguintes a uma cirurgia.

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Entenda o caso

Viviane Lira Monte se submeteu a seis cirurgias plásticas simultâneas em 31 de agosto, em uma clínica particular de Sobral, no Ceará. Após receber alta no dia seguinte à operação, ela começou a se sentir mal já em 2 de setembro, recebendo o diagnóstico de embolia pulmonar. Ela morreu após cerca de três semanas internada na UTI.

+Leia também: Entre a beleza e o perigo: os riscos dos procedimentos estéticos

A realização de tantas cirurgias eletivas de forma simultânea — Viviane fez lipoaspiração no abdômen, nos braços, costas e pescoço, lipoenxertia glútea e cirurgia para reduzir as mamas — é considerada de alto risco e geralmente é contraindicada pelos médicos. O marido de Viviane diz que ela recebeu várias negativas antes de encontrar um cirurgião que aceitasse fazer o procedimento dessa forma.

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