Inverno: Revista em casa a partir de 10,99

Ciclo menstrual: o que acontece no corpo em cada uma de suas fases

Estendendo-se por cerca de 28 dias, o período se repete ao longo da vida fértil da mulher e é composto por três fases: folicular, ovulatória e lútea

Por Luana Pazutti
18 jul 2024, 15h40
ciclo-menstrual-fases-folicular-ovulatoria-lutea-fsh-menstruacao
Cada uma das fases do ciclo tem características próprias (wayhomestudio/Freepik)
Continua após publicidade

A menstruação é a descamação periódica do endométrio, que reveste a parede interna do útero, quando não há fecundação. Com o seu desprendimento, o fluido menstrual — composto por sangue e tecido uterino — é excretado pela vagina.

O sangramento, contudo, é apenas uma etapa do ciclo reprodutivo que envolve uma série de atividades hormonais. Saiba mais sobre como ele ocorre.

+Leia também: Guia completo do período fértil: o que saber e como calcular?

O que é o ciclo menstrual?

Com início na puberdade, a partir da menarca, os ciclos menstruais duram cerca de 21 a 35 dias. Durante esse período, os níveis de estrogênio e progesterona preparam o corpo para uma possível gestação, que inclui a liberação de um óvulo e o preparo do útero para recebê-lo caso seja fecundado.

Permeando a vida fértil das mulheres, eles encerram apenas na menopausa, que geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos. Em alguns casos, ela pode chegar precocemente, por volta dos 40 anos.

Antes disso, o ciclo menstrual ocasiona a repetição mensal de um padrão de eventos.

Sujeito a variações em termos de duração e intensidade, ele é geralmente dividido em três fases, apesar de alguns especialistas considerarem a menstruação em si como uma etapa à parte durante o período folicular. Por isso, você pode encontrar fontes que listam quatro fases; mas, na prática, o ciclo não muda.

Continua após a publicidade

Fase folicular: antes da liberação do óvulo

A fase folicular Começa no primeiro dia do sangramento, quando a concentração de estrogênio e progesterona é baixa, gerando a produção do hormônio foliculoestimulante (FSH). Essa substância estimula o desenvolvimento dos folículos, onde estão contidos os óvulos.

Isso aumenta a produção de estrogênio e impulsiona a produção de muco no colo uterino, deixando a vagina mais úmida. O endométrio também tende a aumentar, favorecendo a implantação e nutrição do embrião.

Nesse período, que dura cerca de 14 dias, podem ocorrer cólicas, dores, fadiga, crises de enxaqueca e mudanças nos hábitos urinários.

Fase ovulatória: durante a liberação do óvulo

Com o aumento do hormônio luteinizante, que estimula o rompimento dos folículos, inicia-se a ovulação. Essa fase é a mais curta, estendendo-se por cerca de 16 a 32 horas. A duração do período fértil, que se inclui nesta etapa, por sua vez, é maior.

Continua após a publicidade

Enquanto os óvulos têm uma vida média de 24 horas, os espermatozoides permanecem ativos no trato genital por dias, permitindo que uma relação sexual anterior à ovulação resulte em gravidez.

Essa etapa termina com a liberação do óvulo, que pode provocar leves dores abdominais, causadas pelo contato do fluído folicular com o tecido que reveste a cavidade do abdômen.

Fase lútea: após a liberação do óvulo

O folículo rompido favorece a formação do corpo lúteo, que intensifica a produção da progesterona e garante a manutenção de uma possível gravidez até o desenvolvimento da placenta.

Quando a fecundação não acontece, esse tecido é absorvido e a produção de hormônios é interrompida. Com isso, o endométrio perde a sustentação e descama, iniciando a menstruação.

Continua após a publicidade

É no final dessa fase que ocorre a tensão pré-menstrual. Conhecida como TPM, ela acarreta sintomas físicos, como dores e inchaços, e psicológicos, como irritabilidade, ansiedade e tristeza. Alterações no apetite e no sono também são frequentes.

E os ciclos irregulares?

As etapas acima consideram o padrão médio de 28 dias, mas o ciclo menstrual está longe de ser previsível. Algumas irregularidades são comuns no ciclo menstrual, especialmente, logo após a menarca. Estudos estimam que cerca de 14% a 25% das mulheres possuem ciclos irregulares no mundo todo.

Contudo, variações recorrentes demandam atenção e atendimento médico. Alterações abruptas no fluxo ou na durabilidade dos ciclos podem estar associadas a estresse, aborto, métodos contraceptivos, tumores, problemas de coagulação e condições médicas crônicas.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês*
OFERTA DE INVERNO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.