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Conheça o espermograma, exame que avalia a qualidade do sêmen

Investigação sobre o esperma costuma ser realizada no início de avaliações médicas sobre uma possível infertilidade masculina

Por Maurício Brum
Atualizado em 20 jun 2024, 15h37 - Publicado em 20 jun 2024, 15h25
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Exame avalia diferentes características do sêmen, como a contagem de espermatozoides, e deve ser avaliado por um médico. Nem sempre as alterações indicam um quadro de infertilidade (Freepik/Freepik)
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A infertilidade pode causar muita frustração para casais que estão em busca de uma gravidez. Quando o assunto é a fertilidade masculina, um exame serve como ponto de partida para avaliar como anda a saúde reprodutiva: o espermograma, em que uma amostra do sêmen é analisada em laboratório.

O espermograma pode ser indicado quando já há suspeita de um problema com os espermatozoides, ou na chamada infertilidade conjugal, nome dado à dificuldade de um casal engravidar após 12 meses de relações sexuais sem proteção ou contraceptivos.

Neste caso, são indicados exames para avaliar a fertilidade tanto do homem quanto da mulher, e o espermograma costuma ser um dos primeiros para eles.

+Leia também: Homem também sofre de infertilidade?

Como é feito o espermograma

Realizar o exame em si pode ser embaraçoso, já que a coleta do sêmen é feita através da masturbação. A ejaculação é feita em um pote estéril fornecido pelo laboratório que fará a análise, e, no ato, não deve ser utilizada nenhuma substância que possa contaminar a amostra, como lubrificantes, loções ou saliva.

Em geral, a coleta é feita no próprio laboratório, que fornece salas discretas, fechadas e isoladas para garantir a privacidade do indivíduo. Alguns locais também permitem que o procedimento seja realizado em casa, mas neste caso há uma janela pequena de tempo para levar o frasco até o laboratório — normalmente, de apenas uma hora.

Além dos cuidados de higiene para não contaminar a amostra, o preparo também é um ponto de atenção: é preciso ter passado de 2 a 5 dias sem ejacular, seja por masturbação ou em relações sexuais. Essa janela busca evitar que os gametas estejam muito imaturos ou muito velhos, o que prejudica a análise adequada.

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Também deve ser evitada a realização se, nas duas semanas anteriores, a próstata foi submetida a algum tipo de estimulação — como pode ocorrer, por exemplo, em quem se submeteu a um exame de toque retal. Isso pode levar a uma ejaculação em um volume maior do que o habitual, falseando os resultados.

+ Leia também: Contagem regressiva para a espécie humana?

O que o espermograma indica

Um espermograma completo avalia a qualidade do sêmen a partir de vários critérios: volume ejaculado, pH da amostra e cor são alguns dos pontos analisados, bem como a contagem dos espermatozoides, a análise da morfologia deles e a sua capacidade de movimento. Também há uma avaliação dos leucócitos presentes na amostra, que pode indicar quadros infecciosos.

A alteração de um desses indicadores de forma isolada não necessariamente significa um quadro de infertilidade — assim como números positivos em algum dos itens não descartam a suspeita. É possível, por exemplo, ter uma contagem normal de espermatozoides, mas eles terem uma motilidade reduzida ou uma morfologia anormal, o que dificulta a concepção do mesmo modo.

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Por isso, os resultados devem sempre ser avaliados por um médico urologista e especialista em reprodução humana. Esses profissionais também podem solicitar exames complementares para compreender o que pode ter causado a alteração.

Quais são os tratamentos da infertilidade masculina?

O espermograma, por si só, não costuma dar a resposta final sobre o tratamento: uma contagem baixa de espermatozoides pode estar relacionada a questões hormonais ou ao uso de drogas ou medicamentos, enquanto uma baixa motilidade pode estar relacionada à presença de varicocele, epididimite ou outras alterações nos testículos.

Em geral, são necessários exames de sangue ou de imagem nos órgãos associados à reprodução para compreender melhor o que causou a alteração e como tratar um eventual caso de infertilidade.

Algumas condições que levam a alterações no espermograma podem ser reversíveis, sem impedir a concepção por vias naturais após o tratamento. Em outros casos, pode ser necessário recorrer a técnicas de reprodução assistida.

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