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Campanha de vacinação para sarampo e pólio só atingiu 16% do público-alvo

Crianças de 1 a menores de 5 anos precisam receber suas doses, mesmo se já foram imunizadas. Em paralelo, governo quer obrigar venezuelanos a se vacinarem

Por Agência Brasil
Atualizado em 28 ago 2018, 10h32 - Publicado em 15 ago 2018, 13h53
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  • Depois de quase dez dias do início da campanha de vacinação contra sarampo e poliomielite, 84% das crianças ainda não foram imunizadas. O balanço preliminar do Ministério da Saúde mostra que, até o dia 14 de agosto (terça-feira), foram aplicadas 3,6 milhões de doses contra pólio e sarampo em meninos e meninas de todo o país.

    O volume representa pouco mais de 16% do público-alvo da campanha. A expectativa do ministério é vacinar pelo menos 11 milhões de crianças de 1 a 5 anos incompletos até o dia 31 de agosto. O Dia D da mobilização nacional será no próximo sábado, 18 de agosto.

    Até o momento, os estados que apresentam melhor cobertura vacinal para pólio e sarampo são Rondônia e São Paulo. Os que estão com índices mais baixos são Amazonas e Roraima, justamente os que sofreram com surto de sarampo nos últimos meses devido à importação de um vírus que circula na Venezuela.

    Para garantir a cobertura total contra o sarampo, mesmo as crianças de até 5 anos que já tomaram suas doses poderão ser imunizadas com a vacina tríplice viral. No caso da poliomielite, pequenos que nunca receberam o imunizante poderão recorrer à Vacina Inativada Poliomielite (VIP). Já os menores de cinco anos que já tomaram pelo menos uma dose receberão apenas a gotinha (Vacina Oral Poliomielite, ou VOP).

    Casos de sarampo continuam aumentando

    O Ministério da Saúde informou que foram confirmadas 910 infecções de sarampo no Amazonas e mais 5,6 mil estão em investigação. Roraima confirmou 296 casos. Outros 101 casos estão sendo avaliados no estado.

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    Seis pessoas morreram por sarampo nos dois estados este ano. Três das vítimas são estrangeiras. Casos de infecção pelo vírus do sarampo importados da Venezuela também foram identificados em São Paulo (11), Rio de Janeiro (14), Rio Grande do Sul (13), Rondônia (12) e Pará (2).

    O Ministério afirma que os surtos recentes estão atrelados à Venezuela, porque o subtipo do vírus do sarampo que chegou por aqui é o mesmo que está causando muitas vítimas por lá.

    Vacinação obrigatória a venezuelanos?

    O ministério está elaborando uma nota técnica para recomendar que a vacina contra sarampo seja obrigatória para todos os venezuelanos que ingressarem em território brasileiro. A medida ainda vai ser analisada pela presidência da república e pelos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores, além de Advocacia-Geral da União.

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    Para a obrigatoriedade valer, é necessário negociar mudanças na política internacional do Brasil que permita impor a estrangeiros o ato de vacinar como requisito de ingresso no país. Atualmente, a vacina é obrigatória apenas para os imigrantes da Venezuela que desejam residir no Brasil ou pedir asilo e refúgio. A iniciativa, portanto, ampliaria o rigor para turistas, profissionais ou outros venezuelanos em trânsito no território nacional.

    Este conteúdo foi adaptado da Agência Brasil.

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