Amigdalite: o que é, principais sintomas e tratamento
A infecção provoca dores e inflamações na garganta, conheça outras manifestações da doença e saiba como se prevenir
A amigdalite é a inflamação das amígdalas, duas estruturas arredondadas e carnudas situadas nas extremidades entre o céu da boca e a língua. Elas protegem a garganta contra a invasão de micro-organismos.
Como ficam expostas à passagem de ar, comida, bebida e tudo o que se leva à boca, acabam se tornando alvo de vírus e bactérias — e, na tentativa de combatê-los, o corpo aciona um processo inflamatório.
As amígdalas incham e, nos quadros causados por uma infecção bacteriana, podem ficar até com pus.
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Sinais e sintomas
Em geral, a amigdalite provoca dores e inflamações na garganta. Os sinais da infecção variam de acordo com o agente causador.
Outras manifestações, incluem:
- Febre (mais alta se a infecção for por bactéria)
- Irritação na garganta
- Rouquidão
- Dificuldade para engolir
- Gânglios aumentados na região da mandíbula e do pescoço
- Mau hálito
- Dor de cabeça
- Rigidez no pescoço
- Pus nas amígdalas (manchas amareladas que aparecem apenas quando o problema é causado por bactéria)
Fatores de risco
A amigdalite, especialmente a do tipo viral, é mais comum em crianças, devido à imunidade em formação.
Exposição a mudanças bruscas de temperatura, queda da imunidade e infecções frequentes por vírus e bactérias também favorecem o desenvolvimento do problema.
Outros fatores de risco são:
- Tabagismo e fumo passivo
- Exposição excessiva ao ar-condicionado
- Aglomerações em lugares fechados ou não ventilados
- Refluxo gastroesofágico
- Tamanho volumoso das amígdalas (são mais suscetíveis a infecções)
A prevenção
Como a amigdalite é desencadeada por vírus ou bactérias que entram pela boca, medidas de higiene como lavar as mãos com frequência e não compartilhar talheres e copos com pessoas com sintomas de gripe, resfriado e outras infecções ajudam a resguardar as amídgalas.
São recomendáveis também medidas como ficar longe da fumaça de cigarros, evitar mudanças bruscas de temperatura e lugares fechados e repletos de gente, especialmente durante o inverno.
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O diagnóstico
Na consulta, o médico empurra a língua do paciente para baixo, com a ajuda de um palito, para enxergar, sob um feixe de luz, as amígdalas. Nessa ação em geral já é possível perceber se elas estão inchadas, se há vestígios de pus e sentir se há mau hálito.
Para direcionar o tratamento, é preciso antes saber se a origem do problema é um vírus ou uma bactéria. Febre alta, gânglios inchados e a presença de pus sugerem o tipo bacteriano. Sintomas que lembram uma gripe indicam que um vírus é o responsável pela dor de garganta.
Quando o exame clínico não é suficiente para confirmar o tipo de infecção, o recomendado é fazer um exame de sangue. Isso para evitar o uso desnecessário de antibiótico, que só deve ser receitado para conter a ação de bactéria.
Um diagnóstico equivocado leva ao abuso desse tipo de medicamento e pode fazer com que a bactéria (em geral, do tipo estreptococo) se torne resistente, dificultando a ação do remédio quando ele de fato for necessário.
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O tratamento
Nas formas virais da amigdalite, são ministrados anti-inflamatórios, analgésicos e antitérmicos, para aliviar dor, febre e outros incômodos.
Se a doença for causada por bactéria, entram em cena antibióticos, em geral ao longo de dez dias — as doses do remédio nunca devem ser interrompidas sem autorização médica, ainda que o quadro melhore significativamente logo no início do tratamento.
O uso inadequado ou abuso desse tipo de medicação leva à resistência bacteriana. Portanto, tudo tem de ser feito com indicação e orientação médica.
Em algumas circunstâncias, a alta recorrência dos episódios de amigdalite (na infância ou fase adulta) faz os especialistas optarem por um procedimento profilático: a retirada cirúrgica das amígdalas. Mas o procedimento exige análise criteriosa antes de ser recomendado.