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A vacina da gripe pode causar reação adversa?

Durante a campanha, muita gente pergunta quem não pode tomar sua dose contra o influenza. Conheça os possíveis efeitos colaterais da vacinação

Por André Biernath
Atualizado em 15 Maio 2019, 16h59 - Publicado em 9 Maio 2018, 13h16
reação da vacina de gripe 2018
Vacina da gripe: está aí uma das estratégias mais seguras e eficazes contra a doença (Foto: GI/Getty Images)
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Fique tranquilo: a vacina da gripe não causa reação adversa grave. Em alguns casos, ela traz sintomas como dor no local da aplicação e uma leve irritação. Febre baixa também é uma possibilidade – mas nada muito além disso.

Só não ache que a vacinação pode, em certas situações, provocar a gripe em si. “Não existe a mínima probabilidade de isso acontecer, porque o imunizante é produzido com o vírus inativado”, garante o infectologista Ícaro Boszczowski, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.

Vírus inativado? É mais ou menos assim: os subtipos do influenza são picotados e destituídos de qualquer capacidade de infecção. Eles estão “mortos” e fragmentados – mas o nosso corpo consegue usar essas partes para produzir anticorpos. No caso da vacina da febre amarela, por exemplo, o vírus só é atenuado, o que traz um risco mínimo de efeitos colaterais graves.

Contudo, às vezes a pessoa toma a injeção e, dias depois, apresenta sintomas da gripe. Por quê? Ora, a dose leva de dez a 15 dias para surtir efeito – e é possível que a pessoa tenha contraído o vírus no ambiente nesse meio tempo.

Além disso, a média de eficácia da vacina é de 70%. Isso significa que, em certos indivíduos, o organismo não irá produzir anticorpos ao ponto de proteger contra a gripe mesmo após receber a picada. Aí, é possível que esses sujeitos peguem a doença depois de irem ao posto de saúde – mas não foi a vacina em si que causou os sintomas, entendeu?

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Mais: até pouco tempo atrás, pessoas alérgicas ao ovo não podiam tomar o imunizante, sob o risco de sofrer com reações graves. Isso porque a vacina é produzida dentro da casca.

Mas entidades brasileiras e americanas asseguram que a vacina é segura até entre essa turma, uma vez que, hoje em dia, apenas uma porção mínima (quase nula) de substâncias do ovo passam para o produto final da seringa. Perigoso mesmo é não se vacinar, principalmente se você faz parte dos grupos de risco. Participe da campanha!

A princípio, apenas quem está com uma infecção aguda no momento e os bebês com menos de 6 meses de vida não devem se vacinar. Mas não porque a vacina é sabidamente perigosa aqui – e, sim, porque faltam estudos com essa subpopulação e porque o leite da mãe vacinada já confere proteção.

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