Pilates para se manter na ativa
Método protagoniza nova revisão científica e se mostra uma das modalidades mais indicadas para envelhecer bem
Minimizar e reverter os efeitos negativos do envelhecimento e aprimorar os níveis de aptidão física do idoso: é assim que os profissionais de educação física Letícia Sanches Deon e Eduardo Ramos da Silva, da Universidade de Caxias do Sul (RS), resumem os benefícios do pilates na conclusão de uma revisão de estudos publicada no periódico da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
São várias as qualidades do método quando se pensa em uma longevidade saudável: flexibilidade, força muscular, equilíbrio, melhora da postura…
Os autores do artigo destacam que a modalidade pode trabalhar todos os grupos musculares e são particularmente bem-vindos seus reflexos nos músculos do abdômen, da coluna e dos glúteos.
Para tirar proveito do pilates, procure estúdios ou academias com instrutores certificados. Havendo algum tipo de limitação relacionada à idade, vale conversar com o médico antes e adaptar o treino — opções de exercícios, com e sem aparelho, não vão faltar.
O que se ganha com a modalidade
Flexibilidade: segundo os autores da revisão, o foco no alongamento e em exercícios que favorecem a amplitude dos movimentos é um dos benefícios centrais.
Força muscular: dá para ativar todos os grupos musculares. O trabalho com o core, o abdômen, a coluna e os glúteos aumenta o vigor e a disposição para as atividades do dia a dia.
Equilíbrio: a estabilização corporal e o recrutamento muscular promovem equilíbrio e resultam em melhor postura. Resultado: menor risco de queda e menos dor nas costas.
Autonomia: ao maximizar as três qualidades anteriores, sem desrespeitar os limites do corpo, o pilates ajuda a conservar a independência do idoso.
Qualidade de vida: os ganhos ao estado físico se somam aos efeitos mentais, cognitivos e sociais, já que a atividade demanda concentração e supervisão.