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Marcio Atalla deixa uma cidade inteira mais saudável. Saiba como

Projeto Vida de Saúde, criado por esse especialista, traz benefícios para boa parte da população de Jaguariúna. Conheça os segredos e os próximos passos

Por Theo Ruprecht Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 Maio 2017, 15h36 - Publicado em 20 Maio 2017, 15h36
Atalla
Um dos focos de Atalla durante os nove meses de projeto foram as crianças (Foto: Vida de Saúde/Divulgação)
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O famoso profissional de educação física Márcio Atalla iniciou no ano passado um projeto — batizado de Vida de Saúde — que mudaria Jaguariúna, no interior de São Paulo. Por meio de uma série de ações, ele e sua equipe conseguiram, em nove meses, reduzir o índice de sedentarismo e melhorar a qualidade de alimentação dos moradores, o que não aconteceu no resto do país.

De abril a dezembro de 2016, foram organizadas oficinas de nutrição e atividade física na cidade. Caminhadas, pedaladas e outros eventos que estimulavam uma vida ativa também tiveram bastante espaço no município.

“Mas um dos maiores diferenciais foi o nosso processo de capacitação dos profissionais de saúde”, afirma Atalla. “Treinamos vários deles para incentivar seus pacientes a incorporar um estilo de vida mais equilibrado”, completa.

O time formado por Atalla ainda visitou escolas, centros de idosos, empresas e outras instituições para dar dicas de como tornar o dia a dia mais ativo — e sugerir mudanças no ambiente que poderiam contribuir para isso e para uma melhor alimentação das pessoas. “Ainda fizemos todo um trabalho de divulgação para dar conhecimento à população de Jaguariúna”, arremata.

 

O resultado de tanto suor

Em conjunto com pesquisadores da Universidade de São Paulo, Márcio Atalla avaliou se a iniciativa trouxe benefícios. E os dados, recentemente divulgados, chamam a atenção.

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Por meio de entrevistas por telefone com mais de mil jaguariunenses, a equipe calculou que 39,4% da população local mudou seus hábitos para melhor em decorrência das ações do Vida de Saúde. Para ter ideia, uma intervenção dessa magnitude já é considerada efetiva quando atinge positivamente 5% de uma população.

O consumo de frutas e hortaliças subiu, em média, 12%. No resto do Brasil, ele caiu ligeiramente com relação à 2015, segundo o estudo Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Telefone). Aliás, vale notar que essas comparações são relativamente confiáveis justamente porque o estudo relativo à Jaguariúna simulou os mesmos métodos do tal Vigitel.

A prática de atividade física no lazer aumentou 19% em Jaguariúna. E até as crianças se beneficiaram: o índice de massa corporal das mais cheinhas caiu até 14%, em média.

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O futuro de Jaguariúna

São dois desafios que surgem naturalmente quando um projeto como esse oferece dados positivos. O primeiro é sua continuidade. Atual prefeito de Jaguariúna, Gustavo Reis garantiu a sequência do Vida de Saúde e ainda prometeu mais ações, principalmente nas escolas. “O jaguariunense tem orgulho dessa iniciativa e de seus resultados”, afirma.

A outra dificuldade é manter a adesão e a motivação dos habitantes de forma geral. Será que, no longo prazo, essa iniciativa — continue ela ou não — vai assegurar que os moradores sigam rumo uma vida cada vez mais equilibrada?

Essa é uma pergunta difícil de ser respondida. Infelizmente, levantamentos mostram que, com o tempo, boa parte das pessoas tende a voltar para hábitos antigos. E olha que vários desses trabalhos foram feitos com vítimas de doenças crônicas, como diabete e hipertensão. Ou seja, estamos falando de gente que se beneficiaria demais ao equilibrar o cardápio e se exercitar camisa com frequência.

Por outro lado, Atalla defende que seu projeto promoveu uma mudança de raciocínio que, aí sim, traria resultados prolongados. Ao treinar agentes de saúde e professores para conversar sobre um estilo de vida balanceado, por exemplo, milhares de jaguariunenses são impactados ano após ano. É esperar — e torcer! — pra ver.

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