Galaxy Ring: anel inteligente chega ao Brasil por R$3,5 mil

A Samsung lançou nesta quarta-feira (18) o Galaxy Ring no Brasil. O produto, um anel inteligente, conta com sensores minúsculos que captam dados de saúde no estilo dos smartwatches, mas é mais compacto e discreto – pesa apenas 3g.

Trata-se do primeiro lançamento do tipo no país, inaugurando uma nova era dos wearables, dispositivos vestíveis que podem colaborar na promoção da saúde e no acompanhamento de doenças crônicas.

O preço estabelecido pela Samsung é de R$3.499 e o acessório estará em pré-venda até o dia 18/10. A ideia é que ele integre e consolide a plataforma de bem-estar da empresa, a Samsung Health.

O aparelho comporta diferentes funções já disponíveis no Galaxy Watch, o relógio da marca, incluindo monitoramento do sono e da frequência cardíaca (mais detalhes abaixo). O diferencial é mesmo o tamanho e o conforto, que facilita a coleta de dados em situações onde o relógio pode ser desconfortável, como durante o sono.

+Leia também: O estresse na era dos wearables

Funções do Galaxy Ring

Ele colhe os mesmos dados do Galaxy Watch, que depois são analisados com inteligência artificial para gerar pontuações sobre diversos indicadores. Entre eles:

Coleta de dados de saúde

Entre eles, temperatura corporal, frequência cardíaca, VO2 máximo (volume de oxigênio que o corpo consome na atividade física) e oxigenação.

Eles podem ser úteis para acompanhar o desempenho nos exercícios físicos e também a saúde no geral.

Monitoramento avançado do sono

O sensor registra não apenas o tempo do descanso, mas as fases do sono, do leve ao mais profundo, variações de frequência cardíaca e oxigenação, além da chamada latência do sono – o tempo entre deitar e realmente adormecer.

Assim, gera uma pontuação e dá dicas de como melhorar esse índice.

Pontuação de energia corporal e estresse

A medição de energia leva em conta sete indicadores, entre eles a qualidade do sono, atividades do dia anterior e a média da frequência cardíaca. Já o estresse é avaliado de 10 em 10 minutos, com base na frequência cardíaca.

Informações não substituem o médico

A precisão dos dados e a validade das análises feitas por inteligência artificial verificadas pela própria Samsung. Alguns algoritmos já foram validados em estudos publicados em periódicos, como o que classifica os estágios do sono, que foi publicado na revista científica Sleep Medicine.

Com a tecnologia, a medição fica cada vez mais precisa e individualizada, aumentando as possibilidades de seu uso na prática clínica. Por exemplo, em julho deste ano, a Food and Drug Administration Agency (FDA), que regula medicamentos e dispositivos médicos nos Estados Unidos, aprovou um recurso dos relógios, também disponível no anel, para detectar o risco de apneia do sono.

Mas os dados não substituem o diagnóstico e acompanhamento médico. “Os dispositivos podem ajudar você a saber mais sobre a saúde. Sem eles, você teria que ir atrás de testes e médicos, e, com o aplicativo, pode ter informações que te motivem a procurar o médico para investigar possíveis problemas”, aponta Otávio Penatti, gerente de pesquisa e desenvolvimento da marca.

Vale dizer que o universo de soluções para o bem-estar da empresa usa tecnologia em parte desenvolvida no Brasil, que tem o único laboratório para pesquisas e coleta de dados de saúde da Samsung.

“Estamos exportando tecnologia para o mundo”, afirmou Penatti no evento.

Características do produto

O Galaxy Ring é feito em liga de titânio grau 5, que é considerada extremamente durável, e é resistente à água – inclusive do mar – em uma profundidade de até 100 metros. É um dispositivo leve, com peso variando entre 2,3 e 3g e 2,6mm de espessura.

Ele conta com três sensores que captam os dados do corpo por meio do contato com a pele. A bateria dura até 7 dias sem a necessidade de carregá-lo, e a ideia é que ele seja usado 24 horas por dia para obter dados mais precisos.

O produto é compatível somente com o sistema operacional Android e pode ser usado junto com os relógios inteligentes da Samsung ou separadamente. Um aspecto interessante é que não é preciso levar o celular para a rua para fazer a atividade física, o próprio anel registra os dados.

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