PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana
Continua após publicidade

Como recuperar os músculos perdidos por causa da Covid-19?

A perda de massa muscular é bastante significativa após períodos de internação decorrentes do coronavírus. Saiba o que fazer dentro e fora do hospital

Por Fabiana Schiavon
Atualizado em 21 Maio 2021, 19h00 - Publicado em 21 Maio 2021, 16h52
Desenho de músculos com fio vermelho em cima
A perda muscular é significativa em casos de Covid-19.  (Foto: Tomás Arthuzzi/Ilustração: iStock/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

Pacientes que passaram por internações de Covid-19 lutam para vencer uma das sequelas da doença: a sarcopenia. Essa perda acentuada de massa muscular, comum a quem fica parado em uma cama por muito tempo, pode limitar até movimentos simples do dia a dia. Mas há o que fazer, inclusive na UTI, para amenizar esse impacto e recuperar a força quanto antes.

Recentemente, um time do Hospital Sírio-Libanês publicou um estudo no periódico Frontiers in Physiology constatando que, em hospitalizações por causa da Covid-19, a perda de massa muscular da coxa chega a 3,7% por dia. “O valor é maior se comparado a pacientes com quadros graves como sepse e disfunções múltiplas de órgãos”, destaca Wellington Yamaguti, fisioterapeuta e gerente do Serviço de Reabilitação desse hospital. “Em idosos sem uma doença, o declínio médio de massa muscular não passa de 1 a 2% por ano”, compara.

Tempo prologando no leito, uso de ventilação mecânica ou diálise e medidas invasivas são alguns dos fatores que provocam a perda significativa de força muscular. E especula-se que o processo inflamatório da própria Covid-19 contribua aí. Como resultado, o paciente passa a ter dificuldade para caminhar, subir um lance de escadas ou carregar objetos.

A recuperação depende de um programa de fisioterapia que já começa na UTI. Essas técnicas de reabilitação precoce são utilizadas desde o início dos anos 2000 para pacientes graves. “São exercícios simples, que podem ser realizados em qualquer instituição”, cita Yamaguti. Exemplo: o paciente simula passos sem sair do lugar, às vezes até sentado. Ou faz gestos da musculação sem halteres.

Ao migrar para o semi-intensivo, os exercícios vão se tornando mais complexos. Há hospitais equipados com aparelhos como a prancha ortostática ou o stand table, que dão suporte para o paciente trabalhar os músculos e reconquistar a funcionalidade dos membros.

Continua após a publicidade

Em casa, você pode continuar com acompanhamento do fisioterapeuta pela telerreabilitação, via internet. Ele vai ensinar práticas e verificar a evolução da musculatura e da movimentação como um todo. Com a orientação dos profissionais de saúde, aos poucos o indivíduo vai retomando a rotina normal de exercícios.

A orientação nutricional também é um fator importante nesse processo. Durante recuperação, a dieta pode ser ajustada para aumentar a oferta de proteína. O ortopedista Caio Gonçalves de Souza, gerente médico da Apsen Farmacêutica, sugere dividir a alimentação em várias refeições menores. “Café da manhã, lanche, almoço, lanche e jantar. Todas essas refeições devem conter alguma fonte de proteína, como carne, frango, peixes, feijão, soja, ervilha, leite”, enumera.

Orientações gerais para fortalecer os músculos no pós-Covid

  • Com orientação, progrida aos poucos até alcançar 150 minutos de atividade física moderada por semana. Não exagere e respeite seu ritmo!
  • Siga os exercícios terapêuticos propostos pelos profissionais. E mantenha o acompanhamento até receber a alta.
  • Pacientes que passaram pela Covid-19 também devem verificar a necessidade de um programa de reabilitação pulmonar.
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.