Atividade física ajuda a controlar o diabete?
Os exercícios são um dos maiores aliados para prevenir ou ao menos brecar essa doença. Mas cuidados especiais são necessários entre os pacientes
Suar a camisa é fundamental tanto na prevenção quanto na contenção da doença. Até porque existe um elo claro entre obesidade e diabete. O problema é que hoje, se bobear, a gente passa o dia todo sentado. Mas não tem escapatória. Sem a atividade física, fica muito complicado para o diabético manter as taxas de glicose na medida certa. Quando malhar passa a fazer parte da rotina, os bons resultados não demoram. Há até quem consiga, depois de um tempo, diminuir a quantidade de comprimidos ou mesmo a dose de insulina injetada diariamente.
E, para os pré-diabéticos, aderir de vez às turmas de parques e academias de ginástica pode ser o recurso para não ultrapassar a perigosa fronteira e entrar para as estatísticas do distúrbio. Essa proteção acontece porque, quando nos mexemos, nossas células e músculos pedem mais energia, ou seja, mais glicose. O açúcar, que poderia permanecer na circulação, é gasto durante o exercício e até 12 horas depois. Veja só: você já está de banho tomado, deu um chega pra lá no estresse e, enquanto isso, as reações químicas disparadas durante aquela corridinha da manhã continuam dando conta da glicose em seu corpo.
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Agora, se a taxa de açúcar no sangue estiver nas alturas, acima de 250 mg/dl, melhor furar a agenda e deixar a ginástica para outro dia. Uma subida assim às vezes é apenas um episódio isolado, provocado pela ingestão de uma refeição muito calórica, por exemplo. Mas, se os picos forem frequentes, é sinal de diabete descontrolado. Nesse caso, a prática esportiva só deve ser retomada após a liberação do médico.
É possível também ocorrer um cenário oposto ao anterior— o problema passa a ser uma queda acentuada dos níveis glicêmicos. Por isso, nem pense em entrar na academia de barriga vazia. E se, mesmo alimentado, a glicemia estiver menor do que 100 mg/dl, não comece a sessão sem antes cuidar disso. Em geral, comer de 15 a 20 gramas de carboidratos, o equivalente a uma fruta ou um copo de suco de laranja, já estabiliza tudo. Mas, se no meio da malhação sentir algum desconforto, verifique a glicemia mais uma vez. Caiu? Recorra a isotônicos ou sachês de glicose. O importante é ir descobrindo a relação entre a intensidade do exercício e as variações na carga de açúcar circulante. Tem hora que o melhor a fazer é mudar ou parar o treino para evitar o risco de hipoglicemia.