Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Teste do pezinho: o que ele identifica e como funciona?

Exames que compõem a triagem neonatal devem ser ampliados até 2026. Testes ajudam a identificar doenças já no começo da vida

Por Clarice Sena
25 out 2024, 11h30
teste-do-pezinho
Teste do pezinho disponível no SUS está sendo ampliado gradativamente até 2026 (Pedro França/Agência Senado/Reprodução)
Continua após publicidade

Chamada popularmente de teste do pezinho, a triagem neonatal é um procedimento que permite realizar uma série de exames através de uma coleta simples de gotas de sangue do calcanhar do bebê. O teste, que é obrigatório para todas as crianças recém-nascidas, permite identificar doenças genéticas, metabólicas e infecciosas graves que não apresentam sintomas no nascimento.

Se essas doenças não forem diagnosticadas e tratadas cedo, podem provocar danos graves e irreversíveis à saúde do bebê. Por isso, o teste deve ser realizado idealmente entre o 3º e o 7º dia de vida, no máximo em até 30 dias após o nascimento, caso não seja realizado no período recomendado.

+Leia também: Dia Nacional do Teste do Pezinho: falhas e acertos do programa

Quais doenças são detectadas no teste do pezinho?

Atualmente existem pelo menos duas versões do teste do pezinho: uma básica e outra ampliada. O teste básico pode diagnosticar sete doenças que têm tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS): deficiência de biotinidase, doença falciforme, fenilcetonúria, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, hipotiroidismo congênito e toxoplasmose congênita.

Já na versão ampliada, disponível na rede privada, é possível ter o teste do pezinho com uma cobertura maior que varia entre a triagem de 50 a 70 doenças.

A Lei nº 14.154, aprovada e sancionada em maio de 2021, determina a ampliação do teste de forma escalonada em até quatro anos, o que significa que até 2026 todos os pontos de coleta do país deverão realizar exames capazes de detectar as doenças que ainda estão em implementação.

A ampliação tem cinco etapas, com diferentes tipos de condições sendo incorporadas com o tempo:

Continua após a publicidade

Etapa 1 – doenças genéticas e metabólicas (já foram incorporadas)

  • fenilcetonúria e outras hiperfenilalaninemias: doenças genéticas que ocasionam a falta ou o aumento excessivo do aminoácido fenilalanina;
  • hipotireoidismo congênito;
  • doença falciforme e outras hemoglobinopatias: doenças que alteram as células do sangue;
  • fibrose cística: doença genética que afeta pulmões e sistema digestivo;
  • hiperplasia adrenal congênita: distúrbio genético que afeta as glândulas suprarrenais;
  • deficiência de biotinidase: distúrbio que impede a produção da enzima biotinidase, provocando problemas neurológicos e atraso no desenvolvimento;
  • toxoplasmose congênita;

Etapa 2 – distúrbios metabólicos

  • galactosemias: deficiência de enzimas responsáveis pelo processamento da galactose, um açúcar presente no leite;
  • aminoacidopatias: falha no processamento ou no transporte dos aminoácidos, que se acumulam nos tecidos e podem provocar problemas neurológicos;
  • distúrbios do ciclo da ureia: doenças hereditárias que resultam no acúmulo de amônia no sangue e geram problemas no sistema nervoso;
  • distúrbios da betaoxidação dos ácidos graxos: conjunto de doenças que atrapalham no processamento de gorduras, causando atraso no desenvolvimento físico e mental;

Etapa 3 – doenças lisossômicas: um grupo de doenças causados pelo acúmulo de substâncias nas células do corpo como resultado da deficiência de enzimas no lisossomo;

Etapa 4 – imunodeficiências primárias: distúrbios causados por deficiências em determinadas estruturas e componentes do sistema imunológico;

Continua após a publicidade

Etapa 5 – Atrofia muscular espinhal: a AME, uma doença degenerativa rara e sem cura, afeta movimentos como engolir, respirar e movimentos cotidianos.

Hoje se critica a demora para a real incorporação desses novos diagnósticos.

Testes preventivos auxiliam na saúde neonatal

Além do teste do pezinho – realizado com a coleta de sangue do pé do bebê –, nos primeiros dias de vida da criança também devem ser realizados o teste do olhinho, o teste da orelhinha e o teste do coraçãozinho.

É importante não confundir o teste do pezinho com o carimbo do pezinho, uma marca da planta do pé do bebê colhida logo após o nascimento. O carimbo é feito para coletar as impressões biométricas do bebê e complementar a Declaração de Nascido Vivo.

Continua após a publicidade
Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.