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Caderneta de vacinação: quais doses a criança deve tomar – e quando

Importante para o acompanhamento dos pais e do Ministério da Saúde, caderneta de vacinas do SUS simboliza política pública em que Brasil é referência

Por João Antonio Streb
7 mar 2024, 10h14

A certidão de nascimento é nosso primeiro documento, indicando para o governo que ali veio ao mundo uma nova pessoa que precisa de cuidados. Pensando nisso, é feito o segundo documento: a caderneta de vacinação da criança.

A carteirinha de acompanhamento do SUS funciona como uma forma de registrar as vacinas que precisam ser tomadas e a necessidade de um reforço vacinal. Também informa quando exatamente o recém-nascido tomou essas doses e as futuras vacinas que a criança deve receber conforme for crescendo.

A caderneta começou a ser utilizada no Brasil em 1977, ano em que a varíola foi considerada erradicada no mundo.

É necessário destacar uma confusão semântica que rodeia as vacinas: erradicado é quando deixam de ter casos registrados ativos da doença, o que é o caso da varíola. Já a eliminação indica que a doença não tem casos em algum ponto do planeta, mas que segue afetando outras determinadas regiões.

O vírus do sarampo havia entrado na lista das doenças eliminadas no Brasil em 2016, mas em 2018, devido ao aparecimento de novos casos, acabou saindo da lista. Por isso, manter as vacinas em dia desde a infância é fundamental para a garantia da saúde de todos.

+Leia também: O que pensam os brasileiros sobre a vacinação de crianças e adolescentes?

Quais vacinas os recém-nascidos devem tomar?

O Plano Nacional de Imunização (PNI) define a logística e o calendário vacinal, tanto para os mais jovens quanto para os mais idosos. Lembrando que as primeiras doses devem ocorrer diretamente na maternidade ou logo nos primeiros dias de vida.

Aplicada na forma de injeção e contendo a bactéria atenuada, uma das primeiras vacinas é a BCG, imunizante dose única contra tuberculose meníngea e miliar. É famosa no normalmente deixar uma cicatriz no local onde foi aplicada.

Pelo tipo de fabricação do imunizante, existem contraindicações para a injeção:

  • Pesar menos que 2 quilos
  • Suspeitas de imunodeficiência
  • Histórico de imunossupressão na família ou que as mães utilizaram imunossupressores durante a gestação

Outra vacina aplicada nos primeiros momentos de vida busca proteger contra a hepatite B. Diferente da BCG, neste caso a aplicação se dá em quatro doses, com a primeira sendo feita até 12 horas após o nascimento da criança.

O intervalo até a segunda dose é de dois meses, com as duas doses restantes aplicadas a um intervalo de seis meses desde a injeção anterior. Existe um caso que pode retirar a quarta dose dessa vacina, que ocorre nas crianças que recebem a pentavalente.

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Quais vacinas devem ser tomadas nos primeiros 6 anos?

A lista nos primeiros anos é extensa, mas vale todo cuidado. Confira alguns destaques:

Aos 2 meses:

  • 1ª dose de tetravalente (DTP + Híb): contra difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo B. Precisa de reforço aos 4 e 6 meses.
  • 1ª dose de VOP: a famosa gotinha contra a poliomielite (paralisia infantil). Precisa de reforço aos 4, 6 e 15 meses de vida.
  • 1ª dose da Vacina Oral de Rotavírus (VORH): combate a diarreia proveniente do rotavírus. Precisa da dose de reforço aos 4 meses.

A partir dos 9 meses, o calendário vacinal fica mais enxuto:

  • Dose inicial da vacina contra febre amarela: com particularidades para determinadas regiões, precisa de uma dose de reforço entre os 9 e 10 anos.
  • Tríplice viral: também chamada de SRC, é uma sigla que indica as doenças tratadas (sarampo, rubéola e caxumba). É uma dose única aos 12 meses, mas precisa de reforço entre os 4 e 6 anos.
  • Tríplice bacteriana: protege contra difteria, tétano e coqueluche. As primeiras doses dessa vacina são feitas como parte da tetravalente. Depois, ela é chamada apenas de DTP, com um reforço aos 15 meses e outro ocorrendo entre os 4 e 6 anos.

Para conferir o calendário vacinal completo, acesse este link da Sociedade Brasileira de Imunizações.

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