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Tuberculose: o que é, sintomas, tipos, tratamentos e como é a transmissão

O Brasil está entre os países com mais casos da doença. Entenda como se prevenir da tuberculose, o que ela causa no corpo e quais os remédios usados

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 20 Maio 2021, 12h29 - Publicado em 10 Maio 2021, 18h13

O que é a tuberculose e como é transmitida

A tuberculose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, mais conhecida como bacilo de Koch. Ela é transmitida através de gotículas respiratórias expelidas por pessoas com a enfermidade ativa. Seus sintomas incluem tosse e febre. O tratamento demora meses, mas é bastante eficaz.

De acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), foram registrados 10 milhões de casos em 2019, sendo que 1,2 milhão de pessoas morreram. Estima-se que outros 3 milhões de indivíduos tiveram a doença, mas não foram diagnosticados — ou essa comunicação não chegou para as autoridades.

No Brasil, foram 96 mil novos casos e 6,7 mil mortes em 2019. Fazemos parte da lista de 30 países que concentram 90% de todos os diagnósticos no mundo. A enfermidade se concentra em nações mais pobres.

Os tipos de tuberculose

A pneumologista Denise Rossato Silva, da Comissão Científica de Tuberculose da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), conta que há a tuberculose pulmonar e a extrapulmonar. “A diferença é que a pulmonar afeta os pulmões, enquanto a extrapulmonar também atinge outros locais, como pleura, gânglios, meninges, intestino e sistema osteoarticular”, explica.

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Essa segunda versão acontece normalmente quando a bactéria sai do sistema respiratório, chega em outros órgãos e provoca estragos por lá.

Quais são os sintomas

Os principais sintomas são tosse — que pode ser acompanhada de sangue —, febre, emagrecimento, perda de apetite e sudorese noturna. A tuberculose extrapulmonar também é marcada por dor nos órgãos atacados pelo bacilo de Koch.

“O tempo da infecção para o surgimento dos sintomas e a duração dos mesmos variam de paciente para paciente. Mas a maioria apresenta melhora significativa após dois meses de tratamento”, informa Denise.

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Fatores de risco da tuberculose

“São muitos. Entre os principais, temos tabagismo, diabetes, uso de álcool e outras drogas “, enumera Denise. Doenças que diminuem a imunidade, como a aids, também facilitam a instalação do bacilo de Koch. O mesmo vale para remédios que afetam nosso sistema de defesa.

A tuberculose é mais comum em homens dos 20 aos 49 anos. Além disso, existem populações mais vulneráveis à enfermidade, a exemplo de indígenas e pessoas em situação de rua ou privadas de liberdade. Ambientes pouco ventilados favorecem a disseminação da enfermidade.

Como funciona o diagnóstico

Após a suspeita do quadro, o chamado exame de escarro entra em cena. O paciente basicamente cospe dentro de um recipiente, e o material é avaliado em laboratórios.

Em 2019, o Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou o teste rápido molecular (TRM-TB), que é realizado da mesma forma, mas dá o resultado em cerca de duas horas.

Tuberculose tem cura? Como funciona o tratamento

“Tem cura sim, desde que o tratamento seja seguido adequadamente. Ele está disponível somente no SUS”, afirma Denise.

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O esquema terapêutico via de regra inclui dois meses de rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. Todas essas substâncias são combinadas em apenas um comprimido, que é engolido diariamente. Em sequência, são receitados apenas rifampicina e isoniazida durante quatro meses.

Uma das maiores dificuldades para controle da tuberculose é o fato de que as pessoas abandonam os medicamentos quando os sintomas somem. Mas isso não significa que a bactéria foi eliminada.

“O paciente que não faz o tratamento adequadamente e até o fim pode desenvolver formas resistentes da doença e até morrer. Além disso, ele segue transmitindo para outras pessoas”, alerta Denise.

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Como prevenir

Existem várias medidas para evitar a tuberculose. A primeira é aplicar a vacina BCG nos recém-nascidos na própria maternidade. Se isso não ocorreu por algum motivo, a recomendação é tirar o atraso quanto antes, no máximo até os 5 anos de idade. “O imunizante diminui o risco de desenvolver as formas graves, como a meningite tuberculosa”, pontua Denise.

Outra etapa importante é testar familiares e outros indivíduos que entraram em contato com o paciente diagnosticado. Todos eles precisam fazer o exame do escarro.

É que, mesmo sem sintomas, a pessoa pode ter sido infectada. E há uma possibilidade de a bactéria ficar escondida no corpo por um tempo indeterminado, e aproveitar uma queda na imunidade para disparar seus estragos. Ao diagnosticar precocemente a invasão, em algumas situações já é possível fazer o tratamento para eliminá-la de vez.

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Os infectados também devem aderir a algumas medidas de controle, como manter os ambientes bem ventilados e com entrada de luz solar, proteger a boca com o antebraço ou um lenço ao tossir e espirrar, não compartilhar talheres e copos e evitar aglomerações.

Ah, e fique sabendo que quem já pegou a tuberculose não está livre de uma segunda infecção no futuro. Não deixe de procurar o médico caso apresente os sintomas novamente ou se tiver contato com alguém doente.

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