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O que é a poliomielite e por que ela preocupa tanto?

A doença foi erradicada do Brasil há décadas, mas o risco de reintrodução é alto devido à cobertura vacinal insuficiente. Não dá para baixar a guarda

Por Texto: Chloé Pinheiro | Infográfico: Estúdio Coral | Ilustração: Rodrigo Damati
16 jun 2023, 14h25

A poliomielite é a única “Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional” vigente no momento. A OMS declarou o status em 2014, quando o vírus voltou a se espalhar depois de quase ter sido erradicado. 

Conheça a doença:

O poliovírus

A ciência conhece três tipos do vírus selvagem, 1, 2 e 3. Eles circulam há séculos, mas só foram identificados propriamente no início do século 20. Os dois primeiros já foram erradicados (não há mais casos em seres humanos).

O terceiro continua em circulação em alguns países e é um dos mais associados à paralisia infantil. O patógeno tem como reservatório o intestino do homem.

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A transmissão oral-fecal

O poliovírus se dissemina pelo contato com alimentos, objetos e água contaminados com resíduos de fezes de infectados.

Por isso, áreas de saneamento básico precário são mais vulneráveis.

Outro fator que dificulta sua erradicação é que ele pode persistir por seis semanas nas fezes, mesmo que a pessoa não tenha sintomas — e a grande maioria dos casos é assintomática.

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Clique para ampliar (Infográfico: Estúdio Coral / Ilustração: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital)

A infecção

O tempo de incubação do vírus pode chegar a um mês, mas em geral fica entre sete e 12 dias.

Como ele entra pela boca e vai se multiplicando por onde passa, os primeiros sintomas se assemelham a um quadro respiratório: dor de cabeça e garganta, febre, mal-estar generalizado…

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Depois, aparecem vômito e diarreia ou, pelo contrário, intestino preso. Podem ainda ocorrer espamos e rigidez na nuca.

+ Leia também: Estamos mesmo livres da poliomielite?

A gravidade

O principal problema da poliomielite é que o vírus consegue chegar ao sistema nervoso central. Lá, pode provocar meningite (inflamação nas membranas que protegem os nervos) e uma paralisia irreversível, que acomete os membros, em especial as pernas, e ameaça ainda as estruturas responsáveis pela respiração, podendo levar à morte.

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Uma em cada 200 infecções resulta em paralisia.

Pólio em números

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Clique para ampliar (Infográfico: Estúdio Coral / Ilustração: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital)

A situação no Brasil

O país está em alto risco para a reintrodução da pólio, segundo as autoridades de saúde.

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Tudo porque a cobertura vacinal está baixa, na casa dos 70%, sendo que a meta é 95%. Em algumas regiões, o número é ainda menor, em especial nos estados do Norte, que fazem fronteira com países também pouco vacinados.

Em março de 2023, um caso de pólio foi detectado no Peru.

+ Leia também: A batalha pela vacinação

O vírus derivado das gotinhas

O vírus atenuado da vacina oral pode sofrer mutações no ambiente depois de sair pelas fezes dos imunizados, podendo tornar-se patogênico e causar a doença. Só que isso é raro e ocorre geralmente em locais com baixa cobertura vacinal.

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é usar a vacina inativada (injetável) sempre que possível, mas não deixar de tomar a gotinha se ela for a única opção.

A vacina da pólio

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Clique para ampliar (Infográfico: Estúdio Coral / Ilustração: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital)

Fonte: Raquel Xavier de Souza Saito, enfermeira da Unidade de Vigilância em Saúde do município de São Paulo e coordenadora do curso de Pós-Graduação em Saúde da Família da Faculdade Santa Marcelina (SP)     

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