Do leite ao pão, aquecimento global já muda produção de alimentos
Um estudo mostra que a produção dos laticínios já é afetada pelas mudanças climáticas. Enquanto isso, cientistas buscam outras fontes de proteína

As mudanças climáticas não comprometem apenas as lavouras. Já estão afetando a indústria leiteira. É o que revela um estudo da Universidade de Tel Aviv que acompanhou 130 mil vacas de 300 fazendeiros de Israel ao longo de 12 anos.
Os cientistas detectaram que dias de calor levam a uma redução de mais de 10% na capacidade de produção de leite dos animais — e isso persiste por até dez dias depois das temperaturas mais elevadas, acima de 26ºC.
A mistura de calorão e umidade provou-se particularmente problemática, e a pesquisa descobriu que as estratégias para conter os efeitos do termômetro, como uso de ventiladores e borrifos de água nos ambientes onde ficam as vacas, se mostram insuficientes.
Ou seja, se o aquecimento global persistir, é provável que a produção leiteira sofra um abalo considerável — um alerta que se estende para nações como o Brasil.
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Pão com farinha… de inseto!

De um lado, o aumento da população global. Do outro, uma demanda por comida, sobretudo fontes de proteína, insustentável para o planeta. Para resolver essa equação, pesquisadores do Instituto Tecnológico de Monterrey, no México, desenvolveram uma solução insólita, mas viável e nutritiva: pães enriquecidos com farinha de insetos, especialmente de um tipo de gafanhoto.
Por meio de um método único de fermentação, que recorre a um fungo comestível, eles conseguiram obter produtos com textura adequada e um ótimo perfil nutricional.
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