Emagrecimento não aceita atalhos
Privações alimentares em eventos sociais ou remédios pouco ajudam na perda de peso. Afinal, comer vai além de nutrir, reflete nosso colunista
As principais causas do ganho de peso estão associadas a um conjunto de variáveis de múltiplas origens. Sabemos que nossa alimentação está associada a emoções e a aspectos sociais, religiosos, culturais, além de fatores fisiológicos.
Quando ganhamos peso, olhamos, via de regra, apenas para algumas questões, banalizando o ato de comer. Pensamos que foi o bolo de aniversário, ou os docinhos da festa de casamento, o vinho do final de semana a dois, o churrasco da empresa, a pipoca durante o jogo de futebol…
Ao mirarmos nesses eventos, entendemos que eles trazem revelações sobre nossa vida – e todos esses momentos seguirão a existir, mesmo se seu time for rebaixado para a segunda divisão (Ps: essa preocupação é do autor).
Assim, querer escapar de um desses aspectos significa, como consequência, banir temporariamente ou em definitivo as formas com que nós, humanos, nos relacionamos.
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Quando, então, buscamos “um remedinho” para podermos, por exemplo, comer à vontade em um casamento, acreditamos que essa responsabilidade é do tal medicamento.
Mas e o vinho a dois, o churrasco da empresa, etc? Como vamos fazer? E o dia em que o remedinho acabar?
Os fármacos estão aí como ferramentas para serem usadas em situações específicas, com um olhar que contemple esse fenômeno que é a alimentação, entendendo que há diversos elementos por trás de um prato de comida.
Assim, não é razoável imaginar que apenas inibindo a fome de maneira medicamentosa solucionará uma equação de múltiplas incógnitas.
Como diz a matemática, precisamos de uma quantidade de cálculos proporcional à de dúvidas que desejamos desvendar.
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Lembre-se de que boa parte das resoluções que envolvem comer e engordar está dentro de onde surgiram os desafios: ou seja, nós mesmos.
Ao procurar a saída para o ganho de peso, comece por aquilo que está disposto a mudar. Mas leve em conta o seguinte: mudar não significa abandonar qualquer comportamento, e sim tê-lo sob controle.
Dessa forma, poderemos seguir frequentando casamentos, festas, churrascos… Enfim, tudo o que compõe nossas vidas e está relacionado à alimentação.
Não à toa, a palavra “comemoração” possui o “comer” como prefixo.