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Insuficiência cardíaca, novas recomendações e o legado da Covid-19

Pandemia trouxe novos desafios e aprendizados no manejo deste problema cardíaco prevalente e preocupante

Por Felix Ramires, cardiologista*
11 jul 2023, 10h24
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O coração cansado exige tratamento e acompanhamento constantes (VEJA Saúde/SAÚDE é Vital)
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Caracterizada pela incapacidade do coração de bombear o sangue para o corpo, a insuficiência cardíaca (IC) afeta mais 64 milhões de pessoas no mundo. E, cinco anos pós-diagnóstico, apenas 25% dos pacientes sobrevivem. No caso daqueles com 85 anos ou mais, somente 17,4% resistem.

Entre os sintomas mais comuns estão a sensação de cansaço, suor frio, falta de ar, tonturas, sensação de coração acelerado, tosse, perda de apetite, palidez e inchaço nas pernas, pés e abdômen.

Existem várias causas para a insuficiência cardíaca. Entre elas, sequelas de infarto, diabetes, hipertensão, patologias que afetam as válvulas do coração, doenças autoimunes, infecções diversas, obesidade, intoxicação por medicamentos…

A lista é longa, e inclui uma novata: a Covid-19.

Insuficiência cardíaca no contexto da Covid

A pandemia surgiu após a penúltima Diretriz de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia, publicada em março de 2018.

Além das importantes atualizações em tratamento e diagnóstico que se consolidaram na prática clínica internacional a partir de então, a Covid-19 ensinou sobre um novo modelo de agressão ao coração, perpetrado pelo vírus Sars-Cov-2.

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Isso trouxe, inicialmente, muitas dúvidas a respeito da continuidade e segurança dos medicamentos usados por pacientes com insuficiência cardíaca crônica que contraíram o novo coronavírus.

Estudos constataram, porém, total segurança científica em prosseguir com as medicações.

Atualizações para a prática clínica

Considerando todo esse cenário, a Diretriz de Insuficiência Cardíaca passou por atualização em 2021.

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Entre as novas conclusões, a de que as drogas largamente utilizadas no manejo da IC estão liberadas para quem contraiu o coronavírus, sempre com acompanhamento individual.

Fazem parte delas, as drogas do grupo dos inibidores de enzima conversora de angiotensina, dos bloqueadores do receptor da angiotensina, dos inibidores da neprilisina e do receptor de angiotensina, beta-bloqueadores, diuréticos e digoxina.

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Entretanto, considerando que a apresentação da Covid-19 pode disfarçar a descompensação provocada pela IC, a testagem para o vírus é recomendável tanto no atendimento em sala de emergência como em ambulatórios.

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Medicações mantidas

As recomendações da diretriz de 2021 para a terapia farmacológica completa da insuficiência cardíaca continuam mantidas para aliviar congestão e o controle das comorbidades – isquemia miocárdica, fibrilação atrial e a hipertensão –, diminuir sintomas e reduzir a progressão da doença.

Existe a possibilidade de arritmias cardíacas surgirem em alguns pacientes de IC, que podem ser perigosas. Por isso, pode ser necessário implantar um aparelho conhecido como cardiodesfibrilador interno (CDI) com o objetivo de reduzir o risco de morte súbita.

Nos casos avançados, porém, as únicas soluções são o transplante ou dispositivos implantáveis, com todos os riscos que os procedimentos acarretam.

Prevenir é sempre melhor

É notório que a ciência avança para trazer cada vez mais alternativas para pacientes com insuficiência cardíaca. Mas a tecnologia ou avanço científico nunca substituirão a prevenção.

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A manutenção do peso ideal, o não ao tabagismo e ao uso indiscriminado de bebidas alcóolicas, a prática de atividades físicas regulares, o controle da pressão arterial e da diabetes, assim como a alimentação saudável e o uso do sal nas doses recomendadas (5 gramas/dia) ainda são os remédios mais eficazes para manter a insuficiência cardíaca a uma distância segura.

Ou para não agravar o quadro, uma vez que ela esteja instalada.

* Felix Ramires é cardiologista, diretor científico da SOCESP – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, professor livre docente da Faculdade de Medicina da USP, coordenador da cardiologia do hospital Samaritano paulista.

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