A elevação acima do normal de glicose no sangue que marca o diabetes pode comprometer diversos órgãos e sistemas. Muitos já conhecem bem a relação dessa doença com infarto do coração, derrame cerebral, insuficiência renal, úlceras nos pés, problemas nos olhos etc. Mas poucos sabem do elo entre ela e quadros de demência, inclusive a doença de Alzheimer.
Sim, o diabetes está associado a um maior risco de perda de memória e outras capacidades mentais, mas não sabemos ainda os mecanismos que levam a essa complicação.
Já os exercícios físicos são considerados “remédios” por atuarem em diversos pontos da saúde humana: humor, fortalecimento muscular, redução de eventos cardiovasculares, controle da glicose e da pressão arterial…
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Eis que uma pesquisa brasileira juntou essas duas pontas para trazer mais informação sobre os efeitos do exercício físico naqueles com diabetes. Trata-se do estudo ELSA, que incluiu 15 105 participantes com idade média de 51 anos, sendo que 15% possuíam diabetes.
Após um seguimento de cerca de oito anos, os pesquisadores observaram que o declínio cognitivo foi muito mais rápido naqueles com diabetes e naqueles com sedentarismo. A combinação desses dois fatores, então, foi explosiva, aumentando ainda mais o risco de déficits cognitivos ao longo dos anos.
A boa notícia é que, quando analisamos os participantes que fazem atividade física na hora do lazer por mais de 150 minutos por semana (em intensidade moderada a intensa), nota-se uma maior lentidão da perda dos déficits cognitivos. Para ser mais exato, suar a camisa gerou um atraso médio de 2,7 anos no diagnóstico de declínio cognitivo.
Ou seja, os exercícios poderiam ajudar a preservar as habilidades mentais de pessoas com diabetes, o que imagino ser um estímulo adicional para essas pessoas largarem o sedentarismo.
E você que tem diabetes, já iniciou os exercícios físicos em 2024?