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Terapia ABA: a ciência no tratamento de crianças com autismo

Transformando a vida de pacientes com transtorno do espectro autista TEA através de uma abordagem prática e eficaz

Por Larissa Coelho e Kelvis Sampaio, psicólogos*
29 Maio 2024, 10h13

O transtorno do espectro autista (TEA), segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), é uma condição neurológica complexa que impacta o desenvolvimento social, comportamental e comunicativo dos pacientes, manifestando-se em comportamentos repetitivos, dificuldades na comunicação e interações sociais comprometidas.  

A ABA (Análise do Comportamento Aplicada) é uma abordagem científica que tem transformado o tratamento do TEA. Essa ciência, reconhecida por sua eficácia, tem proporcionado avanços significativos na comunicação, nas habilidades de autonomia.

Esse reconhecimento se dá através de grandes instituições de referência na área de saúde, tais como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Associação Americana de Psiquiatria (APA) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). 

Estudos realizados desde a década de 1980 destacaram resultados significativos no prognóstico de crianças que receberam tratamento baseado em ABA em diferentes intensidades, reafirmando a efetividade da terapia, que promove mudanças transformadoras ao longo da vida dos pacientes e suas famílias.

+Leia também: Cientistas identificam alterações na urina de crianças com autismo

A terapia se baseia em princípios comportamentais que visam promover habilidades de comunicação, interação social e cognitivas, ao mesmo tempo em que trabalha o ensino de habilidades importantes para a vida. Esse enfoque científico e prático diferencia a ABA de outras abordagens terapêuticas, tornando-a uma escolha eficaz para o tratamento do autismo. 

O trabalho é conduzido através de uma observação minuciosa do comportamento do paciente, o que permite uma análise das funções específicas de cada comportamento, sendo possível um planejamento individualizado, personalizado e baseado em valores éticos. 

A terapia abrangente geralmente requer um mínimo entre 20 e 40 horas semanais para ser eficaz, e os resultados devem ser indispensavelmente acompanhados por registros quantitativos acompanhados ao longo de alguns meses, embora melhorias mais significativas sejam geralmente vistas após um ano de intervenção. 

Nesse processo, o diagnóstico precoce de TEA é essencial para maximizar as oportunidades de desenvolvimento, a fim de que as intervenções com ABA se iniciem o quanto antes e possam alterar positivamente o curso de evolução de uma criança dentro do espectro, melhorando sua qualidade de vida e desenvolvendo habilidades para alcançar seu pleno potencial.

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É importante destacar que a terapia ABA tem se revelado eficaz não apenas no tratamento do autismo, como também para outras condições neurodivergentes, como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)

Com a disseminação e aumento do acesso à ABA, a esperança é que haja uma expansão na qualificação de profissionais e que a sociedade como um todo se organize de forma mais adequada para proporcionar acessibilidade e qualidade de vida de pacientes e suas famílias.

*Larissa Coelho é psicóloga, especialista em neuropsicologia e mestranda em análise do comportamento aplicada. Kelvis Sampaio é psicólogo clínico, mestre em ciências do comportamento pela Universidade de Brasília. Os especialistas são diretores clínicos da Clínica Luna ABA, em Botafogo (RJ). 

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