Precisamos encarar o colesterol alto como um problema sério
Ele é um dos principais fatores de risco por trás de infartos e AVCs. Professor explica o tamanho do perigo
Como médico e professor de cardiologia, me deparo diariamente com questões e dúvidas focadas no coração. No entanto, é importante entender que a aterosclerose, o processo de formação das placas capazes de obstruir as artérias, atinge muito mais que um só órgão.
Estamos falando de uma doença que acomete o corpo inteiro e para a qual existe um conjunto de fatores de risco. Um dos principais é o colesterol alto.
O colesterol é carregado na corrente sanguínea em microesferas chamadas lipoproteínas. A LDL é uma delas: distribui o colesterol pelo organismo e seu excesso é o maior responsável pelo desencadeamento da aterosclerose.
Só que colesterol alto não dói, ninguém se queixa disso.
+ LEIA TAMBÉM: Entenda a diferença entre os tipos de colesterol
Basicamente, a aterosclerose é caracterizada por placas repletas de gordura dentro da parede das artérias que podem obstruir o fluxo de sangue cronicamente ou se romper, causando uma oclusão aguda em um vaso. É o que está por trás do infarto do miocárdio e do AVC isquêmico.
Nesse sentido, a aterosclerose é a principal causa de morte no Brasil. E, mesmo quando os eventos não são fatais, deixam sequelas e uma maior chance de recorrência.
Portanto, a relação é clara: conter os níveis de LDL (popularmente chamado de “colesterol ruim”) é indispensável para reduzir o risco cardiovascular e ganhar longevidade.
Para pessoas que já tiveram eventos cardiovasculares, é necessário manter o LDL-colesterol abaixo dos 50 mg/dL. Contudo, os centros de referência apontam que 62% dos pacientes não estão na meta recomendada.
BUSCA DE MEDICAMENTOS
Consulte remédios com os melhores preços
Para o LDL ficar sob controle, um estilo de vida saudável é importante, mas insuficiente. Isso significa que cuidar da alimentação, da prática de exercícios e afins é bem-vindo, só que o uso continuado de medicamentos é inescapável. Falamos de remédios largamente estudados e considerados seguros e eficazes.
Em suma, o LDL-colesterol é um fator de risco cardiovascular controlável cujo tratamento pode aumentar a expectativa e a qualidade de vida. Colesterol é coisa séria e precisa ser visto como uma “dor” urgente.
* Andrei Sposito é professor titular de cardiologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e diretor do Laboratório de Biologia Vascular e Aterosclerose da instituição
Chá da folha de mamão: entenda se há benefícios na bebida
“Mounjaro do Paraguai”: entenda os riscos de canetas emagrecedoras sem regulamentação
As bebidas que fazem você viver mais, segundo estudo
Maioria dos usuários das canetas antiobesidade reganha peso após parar tratamento
Canetas milagrosas ou armadilhas? A alta da venda ilegal de retatrutida







