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O que é a incontinência fecal e quem pode ser afetado por ela?

Perda de controle intestinal afeta 1 em cada 12 adultos. Entenda as causas e quais são os possíveis tratamentos

Por Lucia de Oliveira, coloproctologista*
9 ago 2025, 05h00
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Escapes podem estar relacionados a diversas condições de saúde (visuals/Unsplash)
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A incontinência fecal (também chamada de incontinência anal) é uma condição que gera grande constrangimento e prejuízo na qualidade de vida. O sintoma consiste na perda do controle intestinal, com escapes involuntários de fezes ou gases, podendo gerar insegurança e afastamento do convívio social e das atividades laborais.

Ela pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em idosos e mulheres com múltiplas gestações. Estima-se que 1 em cada 12 adultos seja afetado, embora a condição seja provavelmente subestimada, já que cerca de 45% das pessoas não buscam ajuda por vergonha ou desconhecimento dos tratamentos.

Principais causas da perda de controle intestinal

Entre os fatores que podem levar à perda do controle intestinal estão lesões musculares do parto vaginal desassistido, cirurgias, diabetes, doenças neurológicas, alterações do envelhecimento, perda da vesícula biliar, colites e uso de determinadas medicações.

Exames para avaliar a função muscular anorretal

Hoje, o foco é entender as consequências do sintoma sob a perspectiva do paciente, avaliando o impacto na sua qualidade de vida.

Quando há histórico de cirurgias ou procedimentos na região anorretal, indicam-se exames como a manometria anorretal e a ultrassonografia endoanal tridimensional, que medem a força muscular e verificam defeitos anatômicos.

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Em casos associados a incontinência urinária ou constipação, pode ser necessária avaliação com urologista ou uroginecologista e exames de imagem como a ressonância pélvica.

Opções de tratamento: da fisioterapia à cirurgia

Independentemente da causa, todos os pacientes devem passar por investigação clínica detalhada. O tratamento costuma começar com medidas clínicas, como melhorar a consistência das fezes usando agentes formadores do bolo fecal.

A fisioterapia pélvica especializada pode melhorar até 70% dos casos. A cirurgia é reservada para quadros mais graves e refratários, especialmente quando há deformidade anal por lesão muscular.

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+Leia também: Você tem o hábito de observar suas fezes? Se não, deveria

Avanços como a neuroestimulação sacral

Nos últimos dez anos, o tratamento cirúrgico evoluiu muito, com destaque para a neuroestimulação sacral, terapia que modula a resposta dos nervos das raízes sacrais.

O procedimento envolve implante de eletrodo conectado a um neuroestimulador compatível com ressonância magnética e bateria de longa duração. Essa técnica tem mudado a vida de muitos pacientes, oferecendo uma nova chance de controle e qualidade de vida.

Se você percebe pequenos escapes de fezes ou gases, não tenha vergonha. Procure um coloproctologista para avaliação e tratamento adequados. Não deixe que o problema interfira no seu dia a dia.

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Lucia de Oliveira, membro titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia

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