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Equidade na produção científica é a chave para transformar a saúde

Pesquisas colaborativas podem ajudar a levar assistência a populações carentes de serviços de saúde

Por Ben Johnson, editor sênior da Nature Medicine*
8 set 2023, 10h38 •
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Aumentar a representatividade nas pesquisas científicas é uma necessidade para criar políticas públicas e implementar soluções de impacto (Foto: Christina@wocintechchat.com/Unsplash/Divulgação)
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  • O acesso à saúde de qualidade é um grande desafio, em especial quando se tratam de populações como mulheres, negros e indígenas, que historicamente recebem atendimento precário pelos sistemas de saúde.

    As desigualdades socioeconômicas e geográficas estão, entre outros fatores, entre os principais responsáveis por esta disparidade na assistência, inclusive no Brasil.

    Porém, antes de analisar os serviços assistenciais, é fundamental observar o panorama acadêmico. Aumentar a representatividade nas pesquisas científicas é uma necessidade para criar políticas públicas e implementar soluções que de fato impactem positivamente as mais diversas populações.

    Isso inclui nomear mais mulheres e pessoas de diversas origens étnicas para cargos importantes nos setores acadêmico e de saúde, bem como aumentar o papel de liderança para as comunidades indígenas e seus conhecimentos tradicionais em seus próprios sistemas de saúde.

    Todas as comunidades devem ter o poder de tomar suas próprias decisões sobre seus cuidados de saúde, tendo a ciência como norte.

    + Leia mais: Desigualdade racial afeta envelhecimento da população negra

    A medicina tem passado por constantes e relevantes transformações. O cuidado personalizado, de precisão, pode ser uma mudança progressista, mas, para alcançar os resultados esperados, é necessário incentivar a produção científica colaborativa.

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    Ampliar a inclusão na pesquisa, incluindo o engajamento e envolvimento dos pacientes na definição das prioridades da medicina, é a forma mais adequada de promover saúde e aumentar a qualidade de vida das pessoas.

    Uma forma de viabilizar esta equidade na ciência e até mesmo na prática da medicina é por meio de parcerias, envolvendo os setores público e privado para que os desfechos científicos contemplem o maior número de pessoas possível.

    É fundamental considerar ainda os fatores ambientais. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), entre 2030 e 2050, as mudanças climáticas serão responsáveis por cerca de 250 mil mortes por ano.

    + Leia também: Diabetes & obesidade: novos tratamentos prometem fazer história

    Elas despontam como uma grande ameaça por estarem diretamente ligadas à fome e desnutrição devido à queda na produção de alimentos, à proliferação de doenças infecciosas e ao aumento da poluição. Desastres naturais também interferem no acesso aos serviços básicos.

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    Para desenvolver políticas de saúde genuinamente inclusivas, precisamos ainda superar mais um obstáculo: a ausência de dados sobre esta população.

    É por meio do conhecimento com exatidão das necessidades de diferentes grupos sociais que podemos definir ações de prevenção e combate às doenças com mais assertividade.

    Esses temas foram centrais no recente evento Inclusive Health Research. Nele, a Nature Awards e a Nature Medicine, do grupo Springer Nature, em parceria com a Takeda, reuniram pesquisadores e especialistas para identificar soluções e estimular a adoção das melhores práticas.

    Projetos em diversos países ganharam o Nature Awards por suas pesquisas inclusivas, como Malásia, África do Sul, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, mostrando que esse caminho é viável e promissor.

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    Foi disponibilizada gratuitamente uma biblioteca de cases, dedicada a pesquisas desta natureza.

    + Leia também: Da floresta à farmácia: a origem dos medicamentos

    Saúde de precisão não significa apenas abordagens tecnológicas, mas desenvolver soluções certas para cada população, com o envolvimento dessa comunidade.

    Focar na geração de conhecimento já com uma perspectiva inclusiva deve ser uma premissa dos centros de saúde e educação em saúde. Para isso, deve-se quebrar paradigmas e romper a produção científica voltada para um único perfil de população.

    Não existe saúde se houver algum grupo, seja ele qual for, que não tenha acesso ao cuidado básico.

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    Abordagens colaborativas propiciam resultados mais acurados de pesquisa e contribuem para o desenvolvimento de soluções econômicas e acessíveis. Este é o desenho de um futuro igualitário.

    Que ele começa agora, a partir de abordagens aprofundadas, diversas e sustentáveis.

    *Ben Johnson, editor sênior da Nature Medicine

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