Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Divertida Mente: as lições que o filme traz sobre autoconhecimento

Psiquiatra destaca ideias do filme infantil que podem servir de reflexão também para os adultos

Por Lorena Caleffi, psiquiatra*
22 jul 2024, 17h30
divertida-mente-2
A maneira como as emoções são retratadas em filme infantil inspira reflexões também para os adultos (Pixar/Reprodução)
Continua após publicidade

O filme Divertida Mente 2, sucesso de bilheteria entre o público adulto e infantil, coloca as emoções no centro dos holofotes, dando vida àqueles sentimentos que, muitas vezes, fingimos não existir – ou nem conseguimos identificar que estão ali.

Como seres humanos, temos inúmeras capacidades emocionais, que podem nos auxiliar ou nos atrapalhar, dependendo da forma com que lidamos com o que sentimos.

Nas primeiras cenas – alerta de spoiler –, vemos a personagem Alegria escolhendo quais memórias seriam apropriadas para serem relembradas, dizendo: “mantemos o melhor e nos livramos do resto”. A seguir, envia-as para o fundo da mente, onde se forma uma pilha desordenada de memórias e experiências ”ruins”.

Aquelas consideradas boas são levadas para outro espaço – e, juntas, formam o senso de si mesma de Riley, a adolescente que é a personagem principal da animação.

Clique aqui para entrar em nosso canal no WhatsApp
Continua após a publicidade

Em nossa mente, dispomos de várias ferramentas para evitar o sofrimento psíquico, chamadas de mecanismos de defesa do ego – todos inconscientes.

Um deles, existente desde que somos pequenos, chama-se repressão. Por meio dela, “fazemos de conta” que esquecemos experiências traumáticas e seguimos nossa vida como se nada tivesse acontecido.

Esse mecanismo, porém, vai acumulando descartes e criando uma pilha de experiências e sentimentos da qual não temos consciência. Esse acúmulo exige um desgaste emocional para ser mantido, e força um tipo de funcionamento psíquico no qual a pessoa não vive de maneira integrada. Só que ela não percebe isso, pois tem a impressão de que não está sofrendo.

Continua após a publicidade

Só que, como em qualquer saldo devedor, em algum momento, a dívida é cobrada. É o que acontece quando a Riley tem uma crise de ansiedade e é invadida por uma avalanche de memórias e vivências não trabalhadas. Nesse momento, a repressão deixa de ser um mecanismo útil e um novo ensinamento é apresentado: o sofrimento faz parte do crescimento e do amadurecimento.

+ Leia também: Dossiê ansiedade: como nos tornamos escravos dela?

À medida em que conseguimos integrar nossos sentimentos nas diferentes etapas e experiências de vida, desenvolvemos um senso de nós mesmos mais integrado e completo.

Continua após a publicidade

Essa verdade é o que vemos no final, quando a percepção de si mesma da Riley se transforma – enriquecida por noções antes reprimidas – mostrando que o que vivemos sempre desencadeia múltiplos sentimentos. Uma noção integrada de si mesmo dá a possibilidade de uma vida adulta mais satisfatória e feliz.

* Lorena Caleffi é psiquiatra do Hospital Moinhos de Vento 

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.