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Estado emocional dos brasileiros está entre os piores do mundo

Ranking avaliou bem-estar em 71 países; amargamos em 68º

Por Larissa Beani
19 abr 2024, 14h29

O povo que mora no país tropical e abençoado por Deus anda estressado e sem grandes perspectivas para o futuro. É o que mostra um relatório produzido por uma organização americana sobre a saúde mental mundo afora.

Ao todo, mais de meio milhão de pessoas provenientes de 71 países responderam a um questionário sobre como se sentiam em relação às suas emoções, ambições e sonhos. As respostas foram padronizadas conforme o Quociente de Saúde Mental (MHQ), uma escala que avalia 47 aspectos do bem-estar divididos em seis dimensões.

Os participantes brasileiros registraram notas baixas em cinco desses domínios, e o MHQ nacional foi de 53 pontos. Com isso, ficamos em 68º lugar no ranking. Isto é: o Brasil tem o quarto pior nível de saúde mental da análise, sendo superado apenas por África do Sul, Reino Unido e Uzbequistão. Somos também o terceiro país mais estressado.

+ Leia também: Como a saúde mental afeta sua vida social e profissional?

O estudo observou uma insatisfação especialmente acentuada entre as gerações mais jovens“Duas conclusões importantes do relatório rápido sobre 2023 mostram que ter o primeiro smartphone com pouca idade e consumir alimentos ultraprocessados são dois dos principais contribuintes para os nossos desafios de saúde mental”, avaliam Tara Thiagarajan e Jennifer Newson, cientistas e líderes da Sapien Labs, responsável pelo levantamento.

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Segundo as especialistas, ainda não conseguimos voltar aos níveis de bem-estar pré-pandemia — e as pessoas não enxergam boas chances de uma melhora real.

Saúde mental em números

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Brasil é o quarto país com piores índices de saúde mental, segundo análise (Editoria de Arte/Veja Saúde)
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Brasileiros também estão entre os mais estressados (Editoria de Arte/Veja Saúde)

Dimensões do bem-estar

Brasil reprovou na maior parte dos aspectos analisados 

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Humor e perspectivas

A habilidade de gerenciar emoções e ter uma visão otimista do futuro é o nosso fraco. A média dos brasileiros é 52, uma das piores em todo o ranking.

Sociabilidade

Apesar da fama de povo acolhedor, também nos saímos mal no quesito que avalia como nos relacionamos com os outros e com nós mesmos. O índice é 60.

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Resiliência

Mas se tem algo que sabemos fazer é dar um jeitinho. Quando o assunto é se adaptar, mandamos bem e atingimos um índice de 81. A única nota azul.

Impulso e motivação

Um pouco abaixo do limiar esperado está nossa capacidade de alcançar objetivos. A média foi 79, algo bem próximo da nossa capacidade de nos virar.

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Cognição

Com uma média de 68, o brasileiro sente que patina em demandas e tarefas básicas. Um exemplo é a dificuldade em colocar passado e futuro em perspectiva.

Conexão mente-corpo

O equilíbrio entre bem-estar físico e mental também está aquém do desejado, segundo os voluntários que participaram do estudo. A nota ficou em 61.

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+ Leia também: O desafio do bem-estar mental nas empresas

Suicídio entre jovens preocupa experts no país

Ao analisarem três bancos de dados populacionais, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) depararam com números alarmantes sobre a saúde mental da juventude brasileira. Entre 2011 e 2022, houve um crescimento anual de 6% na taxa de suicídios e de 29% na de automutilações dos 10 aos 24 anos.

“É um retrato escancarado de que tem algo complicado acontecendo com a nossa sociedade: problemas nos vínculos, nas relações e na esperança com o futuro”, interpreta Karen Scavacini, da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio (Abeps). Caso você sinta que precisa de ajuda, procure o Centro de Valorização da Vida (CVV). Disque 188.

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