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A dieta ajuda a afastar o diabetes gestacional

Ajustes na alimentação e controle do peso diminuem risco do problema, que afeta a mãe e o bebê, endossa novo estudo

Por Fernando Prado, obstetra, e Marcella Garcez, nutróloga*
17 fev 2022, 10h52
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  • Dieta inadequada e sedentarismo são dois hábitos que trazem riscos à saúde, principalmente quando pensamos em gestantes. Um dos motivos é que o ganho de peso aumenta significativamente a propensão da mulher ao diabetes gestacional. E, hoje, vemos um número cada vez maior de grávidas com sobrepeso ou obesidade.

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    Mas há medidas preventivas. Um estudo finlandês concluiu há pouco que intervenções na dieta no início da gestação reduzem o risco de o diabetes aparecer.

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    Isso é importante para a mãe e o bebê: o diabetes gestacional está ligado a complicações na gravidez em si e no parto e aumenta a probabilidade de a criança ter doenças metabólicas mais tarde.

    Os perigos do excesso de glicose no sangue materno têm a ver com a inflamação. Segundo os pesquisadores finlandeses, uma dieta que eleva as substâncias inflamatórias circulantes, com maior consumo de gordura (sobretudo a saturada das carnes e dos industrializados) e de alimentos com alto índice glicêmico (doces, massas e produtos feitos de farinha branca), está diretamente relacionada ao maior risco de diabetes gestacional.

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    As análises também revelaram, no sentido oposto, que um cardápio que promova a saúde de forma abrangente está associada a menos chances de desenvolver a doença. O que é particularmente bem-vindo nesse caso? Comer mais verduras, legumes, frutas, cereais e outros alimentos integrais e fontes de gorduras insaturadas, caso de peixes e azeite de oliva.

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    É que esses alimentos e nutrientes ajudam a reduzir a inflamação a que o corpo está exposto. Com menos inflamação, cai o risco de diabetes. Assim, toda gestante se beneficiará de uma orientação dietética no início da gravidez.

    Algumas circunstâncias pedem mais atenção. Mulheres acima do peso, com resistência à insulina ou histórico familiar de diabetes devem ser particularmente encorajadas a monitorar a situação e a fazer mudanças de hábito alimentar, além de praticar atividade física.

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    Uma dieta balanceada nos períodos de pré-concepção e gestação, que respeite o equilíbrio dos macro e micronutrientes, não só soma pontos à prevenção do diabetes como garante o pleno desenvolvimento e crescimento do feto.

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    Sugerimos priorizar proteínas como carnes magras, ovos, laticínios e leguminosas; carboidratos complexos como frutas, legumes, grãos e cereais integrais; gorduras boas como as do azeite, das castanhas e de frutos como abacate; e fontes de vitaminas e minerais, presentes nesses grupos alimentares. Vegetais em geral ainda contribuem com antioxidantes (carotenoides, polifenóis etc).

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    Muitas vezes, especialmente em situações de maior risco, é recomendável contar com o acompanhamento de um nutrólogo, além das consultas de rotina com o obstetra. Esse cuidado, que envolve ideias de cardápio e substituição de alimentos, é extremamente bem-vindo a essa fase tão especial.

    * Fernando Prado é ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana, doutor pela Unifesp e o Imperial College London, na Inglaterra; Marcella Garcez é nutróloga, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) e mestre em ciências da saúde pela PUC-PR

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