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Sexo, libido, ereção, prevenção de doenças… O bem-estar dos homens está na mira do urologista João Brunhara, diretor médico da Omens, plataforma que trata da saúde sexual masculina
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Quais são os principais tipos de cirurgia para próstata?

Entenda quando elas são indicadas, como são realizadas, e por que ainda envolvem tantos tabus

Por João Brunhara
10 jul 2023, 10h29
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Nem sempre uma cirurgia da próstata deixará sequelas. Na maioria dos casos, elas melhoram a qualidade de vida do homem (VEJA SAÚDE/SAÚDE é Vital)
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Cirurgias da próstata ainda são um tabu para muitos homens. Especialmente por estarem associadas, pelo menos no imaginário popular, com impotência sexual e incontinência urinária. Mas, afinal, essa relação existe? E aliás, todas as cirurgias para a próstata são iguais?

Começando pela última pergunta: existem tipos bem diferentes de cirurgia para a próstata. Primeiro, temos que entender qual é a finalidade do procedimento. Existem os que tratam o câncer de próstata e os que tratam a hiperplasia benigna da próstata.

Vamos discutir essas duas situações!

Cirurgias para câncer de próstata

Nesse caso, é necessário remover o órgão por completo, junto das vesículas seminais. A cirurgia chama-se prostatectomia radical, e pode ser feita por via aberta, laparoscópica ou robótica.

Essa intervenção de fato pode afetar a potência sexual e a continência urinária, porque os nervos que controlam essas funções passam muito próximos da próstata. Com a remoção total do órgão, existe uma chance de que os nervos fiquem danificados e com isso ocorra uma piora da ereção.

Mas a boa notícia é que, com o avanço da cirurgia robótica, as cirurgias têm ficado cada vez mais precisas, e com melhores resultados nesses dois aspectos.

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Cirurgias para hiperplasia benigna da próstata

Aqui não existe suspeita de câncer, mas apenas uma dificuldade para urinar causada pelo aumento da próstata, que fica em contato com o canal urinário.

Sendo assim, não é necessário remover o órgão por completo, mas apenas sua parte central, o que não altera nem a ereção, nem a continência.

+Leia também: Por que tantos homens ainda deixam de fazer os exames da próstata?

Esse procedimento, por sua vez, pode ser feito de diversas formas. A mais comum é a ressecção transuretral, que é uma raspagem da próstata por dentro do canal da uretra.

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Essa via, porém, só é indicada para próstatas moderadamente aumentadas. Quando a glândula pesa mais de 80 gramas, não é o principal método de escolha. As muito grandes podem precisar de uma cirurgia mais invasiva, a chamada prostatectomia transvesical.

Em vez de usar o canal urinário, essa técnica envolve cortes no abdome, seja com cirurgia aberta ou na modalidade robótica. O princípio continua sendo remover apenas a parte central da próstata, porém atravessando a bexiga para conseguir o acesso à próstata.

Técnica HoLEP

Nos últimos anos, uma inovação tecnológica permitiu que se passasse a usar uma nova modalidade para a hiperplasia benigna. Trata-se da remoção do núcleo da próstata por dentro do canal da uretra, mas feita com um laser, uma cirurgia chamada HoLEP.

Essa técnica permite tratar glândulas de qualquer tamanho, com menor sangramento e menor tempo de internação. Suas desvantagens são apenas o custo e disponibilidade: hoje ainda está restrita aos grandes centros e é realizada apenas por urologistas habilitados.

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Como vimos, nem toda cirurgia da próstata prejudicará a ereção ou a continência urinária. Um efeito colateral, porém, é comum a todos os tipos de cirurgias prostáticas: a perda do jato de ejaculação após a cirurgia. Mas de resto, as diferenças são muito significativas.

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