Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Check-up com Sidney Klajner O cirurgião e presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein levanta e debate as tendências e os desafios que interferem em nosso dia a dia e na saúde pública do país
Continua após publicidade

Receita de bem-estar para 2023

Mudanças positivas não dependem de planos mirabolantes. Nosso colunista dá dicas simples para termos um ano efetivamente mais leve

Por Sidney Klajner
31 dez 2022, 09h38
  • Seguir materia Seguindo materia
  • “Vou começar a atividade física, me alimentar melhor, ficar mais tempo com a família, fazer aquela viagem, mudar de emprego…” Para a maioria das pessoas, a virada de ano costuma vir acompanhada de uma lista que começa com “vou”. Tudo bem fazer planos em busca de mais bem-estar e qualidade de vida. Mas achar que tudo vai virar realidade junto com a mudança de calendário é uma ilusão que pode gerar frustração de expectativas e aumentar a ansiedade.

    Publicidade

    Por isso, em vez de planos mirabolantes para o “momento Ano Novo”, o melhor é manter, ao longo dos 365 dias do ano, a consciência sobre as possibilidades de uma vida mais equilibrada e saudável, com mudanças mais alinhadas com a realidade.

    Publicidade

    Fatos cotidianos que afetam nossas emoções negativamente fazem parte do mundo real – como um congestionamento no trânsito, um ambiente de trabalho com demandas excessivas ou o relacionamento com pessoas que nos desagradam por incompatibilidade de valores, preferências e modo de pensar e agir.

    + Leia também: “Estou bem! Só ando muito cansado” Uma reflexão sobre essa epidemia

    Publicidade

    Ter a percepção dessas emoções e situações que impactam nossa saúde mental (e física também) é o primeiro passo para lidar com elas antes que se tornem destrutivas.

    Foi isso que eu fiz no final do primeiro ano da pandemia. Foram meses de imensos desafios no dia a dia do Einstein, jornadas de trabalho intensas, decisões urgentes sendo tomadas a todo o momento, a preocupação com minha família.

    Publicidade

    Eu estava esgotado e parti para uma mudança radical na minha rotina: parei de agendar grandes cirurgias nas sextas-feiras e passei o consultório nesse dia para a parte da manhã. Além disso, voltei a estudar violão, transferi meu treino esportivo dos sábados para as terças à noite e deixei de aceitar a maioria dos convites para participação em eventos nos fins de semana. Nesses dias, vou para o interior com minha família para aproveitar a natureza e o dolce far niente.

    Continua após a publicidade

    A sociedade moderna nos cobra uma enorme carga de entregas. A essas, nós adicionamos nossas próprias cobranças. Assim, tornamo-nos algozes de nós mesmos.

    Publicidade
    Compartilhe essa matéria via:

    Qual a saída?

    Segundo a neurocientista Elisa Kozasa, pesquisadora do Instituto do Cérebro do Einstein, que acaba de lançar junto a Isabel Weiss de Souza o livro Saúde Mental – Desafios Contemporâneos (clique aqui para comprar), um dos segredos é parar para refletir sobre o que impacta em nosso equilíbrio e o que podemos fazer a respeito.

    Não são poucas as pessoas que se queixam de chegar ao final do dia sentindo-se extremamente cansadas por razões aparentemente inexplicáveis. Só que, como diz o ditado, as aparências enganam. Basta se questionar um pouco e os motivos vão aparecendo, assim como as possibilidades de mudanças.

    Publicidade

    Será que a reunião de uma hora não pode ser feita em 45 minutos, sobrando 15 minutos para relaxar? Será que não dá para negociar um prazo mais razoável para o projeto que acabam de pedir “para ontem”? Será que muitas daquelas mensagens que respondemos imediatamente (inclusive de madrugada) não poderiam ficar para o dia seguinte?

    + Leia também: Mindfulness pode ser tão eficiente quanto remédio no combate à ansiedade

    De acordo com a Elisa, precisamos aprender a fazer pequenas pausas ao longo do dia para descansar, refletir sobre os nossos “será que” e recuperar nosso equilíbrio. Isso, além de incluir os horários de descanso na nossa organização semanal.

    Aliás, ela diz que deveríamos começar o Ano Novo já colocando na agenda os horários de descanso inegociáveis, como folga semanal, pausas durante a rotina do dia a dia, tempo para dormir, um intervalo para praticar meditação e um momento para a atividade física – ou qualquer outra atividade que tenha um peso importante na balança do nosso equilíbrio.

    Um estudo conduzido pela Elisa com dois grupos de pessoas mostrou que o estado emocional melhorava imediatamente entre as que recebiam notícias positivas e piorava no mesmo ritmo para aquelas expostas a notícias negativas. Pouco mais de três minutos de atividade de relaxamento revertia a piora no estado emocional dessas últimas – e melhorava ainda mais o humor do grupo das boas notícias.

    A “receita” das pequenas pausas para relaxar e manejar as atribulações do dia a dia pode produzir o mesmo efeito.

    Não existe magia para uma vida mais equilibrada, mas um cultivo e consciência constantes sobre nossos hábitos, rotinas, atitudes e escolhas. O que pode me conduzir para uma vida com mais sabedoria e que atitudes minhas podem gerar mais felicidade na vida das pessoas? Um 2023 com mais sabedoria, compaixão, felicidade e vida saudável!

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.