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Erva-de-são-joão é um antidepressivo natural? Ciência diz que sim

Composto conta com efeitos descritos e cientificamente comprovados para casos leves e moderados da doença

Por Lucas Rocha
16 set 2024, 10h49
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    Erva-de-são-joão conta com propriedades antidepressivas (Foto: Agnieszka Kwiecień, Nova, CC BY-SA 4.0/Divulgação)

    A depressão afeta cerca de 15% da população brasileira em algum momento da vida, de acordo com o Ministério da Saúde.

    Para além de uma mera tristeza, a condição é associada a uma profunda perda de interesse e de prazer, falta de esperança e prostração. Os sintomas passam a interferir nas atividades cotidianas, como comer, dormir, estudar ou trabalhar.

    O tratamento da depressão é multidisciplinar e costuma envolver psicoterapia, mudanças de estilo de vida e, em alguns casos, o uso de medicações, conforme a necessidade de cada paciente.

    Nesse contexto, será que a erva-de-são-joão também pode ser útil? Recebemos essa pergunta do leitor Wander Braga. Você também pode participar, mandando uma mensagem para saude.abril@atleitor.com.br.

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    + Leia também: Tratamento da ansiedade: só remédio sem terapia pode ser tiro no pé

    O que é a erva-de-são-joão e quais são seus benefícios?

    De nome científico Hypericum perforatum, a erva-de-são-joão também é conhecida popularmente como hipérico, hipericão ou mil-furada.

    O composto conta com efeitos antidepressivos tradicionalmente descritos e cientificamente comprovados, como explica o farmacologista Lucas Gazarini, professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

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    Estudos clínicos demonstram que ela pode ser eficaz no tratamento de casos leves a moderados de depressão, com uma ação comparável à de antidepressivos tradicionais, de origem sintética, mas com um perfil de efeitos colaterais geralmente mais leve”, detalha Gazarini.

    Como um medicamento fitoterápico, produzido a partir de plantas, com controle de qualidade farmacêutico e comprovação de eficácia, seu uso exige prescrição médica e deve ser acompanhado por um profissional de saúde. Diferentemente do que ocorre com o uso de outros produtos à base de plantas, como chás e preparados caseiros.

    “Embora não interaja com álcool, ao contrário de outros antidepressivos, preparados de hipérico podem interagir com outros medicamentos e alterar sua eficácia”, observa Gazarini.

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    O uso associado a contraceptivos, por exemplo, pode reduzir as concentrações desses medicamentos no sangue, com risco de uma gestação indesejada.

    + Leia também: Venvanse: bula, para que serve e quais são as reações adversas

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    O tratamento da depressão envolve principalmente a psicoterapia e o uso de medicamentos em alguns casos (Foto: Drazen Zigic/Freepik/Divulgação)

    Por dentro da planta

    As substâncias presentes na erva-de-são-joão contribuem para suas propriedades antidepressivas.

    “A mais estudada é a hipericina, que modula a ação de neurotransmissores no cérebro, incluindo a serotonina, dopamina e noradrenalina, que são fundamentais na regulação do humor e nas respostas ao estresse”, pontua o professor da UFMS.

    Os sintomas da doença são associados a esses desbalanços na liberação e ação de neurotransmissores, por isso a maioria dos remédios atua nessas substâncias.

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    “A hipericina é associada à inibição do metabolismo e recaptação de neurotransmissores como serotonina, dopamina e noradrenalina, que passam a ficar mais tempo nas sinapses, interfaces de comunicação entre neurônios. Isso aumenta a eficiência da comunicação entre neurônios, que está alterada em quadros depressivos”, explica Gazarini.

    A hiperforina e flavonoides são outros compostos presentes na planta.

    “Extratos de hipérico também parecem reduzir a produção de mediadores inflamatórios e a liberação de cortisol, um hormônio associado ao estresse, ajudando a proteger o sistema nervoso dos danos oxidativos do estresse crônico”, acrescenta.

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    A planta medicinal também possui propriedades antibacterianas, antifúngicas e antioxidantes.

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