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O papel do diagnóstico precoce e da fisioterapia no linfoma

Profissional esclarece os sinais suspeitos e como a fisioterapia pode ajudar no tratamento

Por Márcio Renzo, fisioterapeuta*
Atualizado em 20 out 2021, 16h27 - Publicado em 27 ago 2021, 10h02

Preocupada com a importância do diagnóstico precoce dos linfomas — um grupo de cânceres que surgem no sistema linfático, rede de vasos que participa das nossas defesas —, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras entidades criaram o Agosto Verde-Claro para sensibilizar as pessoas sobre o problema. Cerca de 4 mil brasileiros morrem todos os anos em decorrência da doença, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Existem dois tipos principais de linfoma, o de Hodgkin (LH) e o Não Hodgkin (LNH), sendo que este engloba aproximadamente 80 subtipos. Eles se desenvolvem principalmente nos linfonodos, popularmente chamados de ínguas, que se encontram na região das axilas, da virilha e do pescoço, levando à formação de “caroços”. A medicina desconhece ainda hoje uma forma eficaz de prevenção.

Além das massas estranhas que aparecem nessas regiões, os sintomas em geral envolvem febre, suor noturno, cansaço excessivo, emagrecimento sem causa aparente, podendo mudar de acordo com o tipo de linfoma. Os caroços na região do pescoço, da virilha e das axilas não costumam ser dolorosos, só que são bem perceptíveis. Seu aparecimento em outras áreas do corpo, como peito e abdômen, pode levar a incômodos diferentes, como falta de ar e distensão.

LEIA TAMBÉM: O novo guia de prevenção ao câncer

Suspeitando desses sinais, o conselho é procurar quanto antes um médico para que, com o auxílio de exames — de sangue, punção lombar, tomografia, ressonância magnética, biópsia etc. — seja possível se certificar ou não da existência do problema. O estágio do diagnóstico e o tipo de linfoma influenciam na agressividade da doença e na resposta ao tratamento.

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Felizmente, a maioria dos casos é curável quando identificada precocemente. O tratamento médico pode recrutar quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e transplante de medula óssea.

O que contribui imensamente no processo de enfrentamento da doença é a fisioterapia oncológica. Isso porque tanto a radio como a quimioterapia, assim como o transplante, podem produzir limitações e interferir na qualidade de vida do paciente.

Algumas das alterações observadas durante e após o processo terapêutico são: dores persistentes, retrações e aderências nas cicatrizes, encurtamento muscular, perda da propriocepção e do equilíbrio, dificuldades motoras e/ou respiratórias, fraqueza muscular, entre outras.

A fisioterapia especializada pode melhorar muito essas repercussões da doença e do tratamento. Como? Por meio de exercícios físicos leves e dirigidos, alongamentos, eletroterapia, exercícios respiratórios, drenagem linfática e o próprio trabalho com o aspecto emocional do paciente, tantas vezes fragilizado.

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No caso específico da conduta de transplante de medula óssea, existem estudos apontando que 76% dos pacientes apresentam fadiga e 41%, fraqueza muscular. A fisioterapia pode e deve ser iniciada a partir do diagnóstico, uma vez que ela preparará o paciente para o que vier, minimizando, assim, eventuais sequelas.

E isso nos remete mais uma vez ao diagnóstico precoce, ferramenta que promove um tratamento menos agressivo e menor risco de volta da doença, assim como uma recuperação mais rápida e menos sofrida.

* Márcio Renzo é fisioterapeuta e capitão do Corpo de Bombeiros de São Paulo

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