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Entenda a relação entre obesidade e disfunção erétil

Estar acima do peso atrapalha a ereção e pode ainda trazer outros problemas para a saúde reprodutiva, alerta especialista

Por Bruno Benigno, urologista*
Atualizado em 3 jun 2021, 20h04 - Publicado em 3 jun 2021, 18h53

A obesidade afeta 26,8% da população, ou uma em cada quatro pessoas no país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os homens desse grupo estão em maior risco de ter disfunção erétil (DE), também conhecida como impotência sexual, embora esse termo não seja mais utilizado.

A DE é o nome técnico para a dificuldade ou incapacidade de manter uma ereção rígida o suficiente para atingir uma atividade sexual satisfatória. Trata-se de um problema muito comum, que atinge 2 milhões de brasileiros, com causas variadas, de ordem psicológica ou física.

A obesidade pode levar à DE por um compilado de complicações. O primeiro ponto a se observar é que indivíduos obesos têm um nível menor de testosterona em circulação, o principal hormônio sexual masculino. Manter suas taxas adequadas é fundamental para atingir a ereção e manter a libido em dia.

É normal que a produção de testosterona diminua com o tempo. Entretanto, isso ocorre de forma sutil, em média 1% ao ano depois que o homem chega à idade adulta. Com a obesidade, a queda é mais acelerada.

Além disso, estar acima do peso facilita o aparecimento de problemas de circulação, comprometendo o fluxo sanguíneo na região peniana – outro ingrediente importante para que a ereção ocorra.

A relação não é apenas hormonal ou fisiológica. Questões de saúde mental, como depressão e ansiedade, podem estar por trás tanto da obesidade quanto da disfunção erétil. Nessa linha de raciocínio, cabe dizer que o excesso de peso frequentemente abala a autoestima, trazendo insegurança e incômodos com a própria aparência na hora do sexo, o que só atrapalha mais o desempenho.

Obesidade e fertilidade

Representação de um espermatozoide correndo em uma pista
(Ilustração: Marcus Penna/SAÚDE é Vital)

Fora o desempenho em si, a doença crônica pode provocar a infertilidade. Em linhas gerais, o excesso de peso desequilibra o processo de transformação da testosterona em estradiol (o principal hormônio feminino), levando a um aumento dessa segunda substância.

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O resultado disso é uma diminuição no estímulo para o funcionamento adequado dos testículos, responsáveis por liberar mais testosterona e espermatozoides. Outras possíveis consequências da obesidade são a elevação da temperatura testicular e maior divisão do DNA do espermatozoide, o que contribui para falhas na fertilização do óvulo.

Por fim, quando associada a outros problemas de saúde, como hipertensão, diabetes, tabagismo e câncer, a obesidade aumenta ainda mais o risco de disfunção erétil e infertilidade, podendo ainda agravar casos já existentes.

Dificuldades em ter ou manter uma ereção ainda são um tabu na sociedade. Muitos homens preferem justificar as ocorrências citando o estresse, a ansiedade ou o excesso de trabalho ao invés de se consultar com um especialista e pedir ajuda.

Mas, como foi dito anteriormente, a DE é uma ocorrência mais comum do que se imagina, e pode ter uma causa contornável. Ninguém está sozinho. Procure um profissional urologista para entender o problema sempre que possível.

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* Bruno Benigno é urologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz SP e Diretor da Clínica Uro Onco

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