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Trombose: dá para prevenir

Para se manter protegido, é fundamental conhecer seu risco para desenvolver o problema

Por Thaís Manarini
Atualizado em 23 dez 2020, 13h05 - Publicado em 16 set 2016, 10h09
trombose
A trombose é mais comum do que se imagina (Foto: Deborah Maxx/SAÚDE é Vital)
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A trombose venosa profunda (conhecida pela sigla TVP) é caracterizada por uma coagulação mais intensa e propícia a gerar uma massa sólida de sangue – e isso dificulta o retorno venoso ao coração. Ela tende a atingir as pernas e, entre outras coisas, provocar dor (foi o que aconteceu com a atriz Susana Vieira). Mas o perigo mesmo é quando os chamados trombos viajam pelo corpo e se instalam nos pulmões, causando a embolia pulmonar – quadro que pode ser fatal.

Uma campanha da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) busca divulgar o Checkup Vascular, que, entre outras coisas, avalia o risco de uma pessoa vir a ter a temida trombose. Embora não existam números oficias, estimativas dão conta de que, no Brasil, acontecem aproximadamente 400 mil casos ao ano.

“Caso o paciente seja identificado com alto risco para a doença tromboembólica, deve ser orientado a procurar um angiologista ou cirurgião vascular, que irá determinar as medidas cabíveis para a prevenção primária ou secundária do problema”, explica Marcos Arêas Marques, angiologista e membro do conselho científico da SBACV.

Segundo o médico, esse checkup é especialmente indicado às pessoas que já passaram por algum evento desse tipo ou que tenham familiares com histórico da doença. Ou seja, não há idade mais adequada para realizar os exames. “Fora isso, deve ser feito em toda a situação em que houver aumento de risco para o quadro, como ocorrência de cirurgias, gestação ou início de terapia de reposição hormonal e anticoncepção”, aponta.

Por falar em contracepção, o expert confirma que a relação entre pílulas anticoncepcionais e trombose existe, sim. Mas a probabilidade de encarar o perigo varia de acordo com as propriedades do medicamento (como hormônio usado, dosagem e via de administração) e, claro, as características da paciente. “O maior risco é observado entre mulheres com mais de 35 anos, com elevado índice de massa corporal e tabagistas”, acrescenta. “O que deve ficar bem claro é que, como qualquer outro medicamento, se o anticoncepcional for prescrito por um médico após avaliação e exame físico, pode ser considerado seguro e efetivo”, afirma Arêas.

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E há novidades no tratamento da trombose. O presidente da SBACV, Ivanésio Merlo, conta que novos anticoagulantes orais foram apresentados no último congresso da International Society on Thrombosis and Haemostasi, na França. Eles permitem o tratamento ambulatorial da doença. “Com isso, possibilitam a ‘desospitalização’, dando liberdade ao paciente”, diz o especialista.

O risco para desenvolver a trombose é maior nas seguintes situações:

– Uso de medicações, como contraceptivos orais, quimioterápicos e tratamentos hormonais
– Obesidade
– Presença de varizes nas pernas
– Gravidez
– Pós-parto
– Câncer
AVC (Acidente Vascular Cerebral)
– Traumatismos, principalmente nas extremidades inferiores (risco de TVP por volta de 70% )
– Doenças crônicas, como insuficiência cardíaca e doenças pulmonares crônicas
– Doenças agudas, como infarto do miocárdio, e infecções, como pneumonia
– Fraturas ósseas

Atitudes para prevenir a trombose:

– Manter-se no peso
– Não fumar
– Ter uma alimentação balanceada
– Não ficar muito tempo imobilizado
– Praticar atividades físicas
– Após uma cirurgia, voltar rapidamente a se movimentar
– Usar meias elásticas e medicamentos, quando indicado pelo cirurgião vascular/angiologista

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