Estresse não tem idade
Levantamento feito em 13 capitais do país revela que as gerações mais novas são as mais afetadas pela tensão diária
Quem anda mais estressado por aí? Para chegar a uma resposta, a empresa de seguros de saúde SulAmérica ouviu 43 641 brasileiros, divididos em quatro gerações, de acordo com a idade e as características comportamentais. Fechados os dados, a pesquisa descobriu que os jovens na casa dos 20 anos são o grupo que mais reclama da tensão no dia a dia.
Gentil Alves, superintendente médico de Gestão de Saúde Populacional da SulAmérica, explica que a geração Y carrega uma carga alta de responsabilidade, atrelada principalmente ao trabalho e às finanças. E grande parte do tempo investido na carreira afasta essa turma dos relacionamentos pessoais e do lazer. O psicoterapeuta Leo Fraiman, de São Paulo, destaca ainda que o aumento da exposição nas redes sociais é outro fator estressante, já que estimula a sensação de que a vida dos outros é sempre melhor que a nossa.
- 57,8% dos entrevistados eram da Geração Y (24 a 37 anos). Deles, 37,1% penavam com o estresse.
- 22,2% dos entrevistados eram da Geração X (38 a 49 anos). Entre eles, 31,6% estavam muito estressados.
- Da Geração Z (até 23 anos), foram 12,8% dos entrevistados. Sendo que 35,9% deles se queixavam de muito estresse.
- Entre os Baby boomers (50 a 68 anos) – 7,2% dos entrevistados –, 22% tinham altos níveis de estresse.
Mais remédio
A pesquisa registrou uma subida drástica no uso de medicamentos contra ansiedade e depressão. Nos últimos quatro anos, houve um crescimento de 112% na utilização de antidepressivos, por exemplo.