Carne vermelha faz mal?
Estudos associam o alimento a um maior risco de câncer. Veja o que tirar de lição disso
Não se trata de radicalismo. A palavra aqui é moderação – e vale especialmente para os carnívoros de plantão. É que chega a ser assustadora a revelação de um tremendo estudo assinado pela Escola de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos, depois de analisar 121 mil americanos: comer carne vermelha todo dia aumenta a mortalidade por câncer, infarto e derrame em 13%.
A tendência aos malefícios é confirmada, pela mesma Universidade Harvard, em outra pesquisa focada em câncer de mama. A investigação envolveu mais de 88 mil mulheres e não deixou dúvida. A doença apareceu mais naquelas que se empanturravam de bifes e hambúrgueres. É ou não é para repensar suas refeições?
Afinal de contas, quanto é um consumo moderado? O conselho é ficar com o correspondente a um bife pequeno três vezes por semana. Embora seja fonte de nutrientes como o ferro e a vitamina B12, essa proteína de origem animal vem acompanhada de muita gordura saturada, que dispara processos inflamatórios – um mecanismo que abre alas a tumores. Capriche em outros alimentos para equilibrar o valor nutritivo dos pratos. Uma concha de feijão, por exemplo, pode resolver a necessidade de ferro.
Legumes e verduras escoltando as receitas e a participação das frutas correndo por fora vão colaborar para suprir as necessidades. Se a cisma persistir, consulte um nutricionista para elaborar o melhor cardápio sem a onipresença da carne. Se for só de vez em quando, a churrascaria está longe de ser um local a ser evitado.