Difundida como método eficiente de remoção dos pelos corporais só no final dos anos 1990, a depilação a laser havia sido testada nos Estados Unidos por quase duas décadas antes disso. Diferentes dispositivos utilizados em clínicas ou vendidos para uso caseiro fizeram promessas mirabolantes ao longo dos anos, mas foi só em 1997 que a primeira máquina comercialmente viável foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA), a Anvisa norte-americana.
De lá para cá, a técnica ganhou adeptos ao redor do mundo e se tornou cada vez mais acessível. Mas, mesmo não sendo mais uma tecnologia tão nova, o uso do laser para a depilação ainda é rodeado de dúvidas e mitos, e vale a pena entender melhor como esse método age no corpo.
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Como funciona a depilação a laser?
O feixe focalizado de luz utilizado no processo tem como objetivo atingir o bulbo do pelo, a parte mais interna onde fica a matriz germinativa, responsável pelo crescimento. A energia vai aquecer até mais ou menos 60°C aquela região, temperatura suficiente para destruir a raiz das células capilares e evitar por um bom tempo o crescimento capilar por ali.
Mesmo sendo muito durável, a depilação a laser não é definitiva. A tecnologia traz resultados mais perenes do que outros métodos mais simples de remoção de pelos, mas eles voltam a crescer com o tempo. O intervalo varia de pessoa para pessoa, geralmente oscilando entre dois e cinco anos.
O número de sessões até atingir o resultado desejado também varia muito. Os pelos mais grossos e escuros, por terem mais melanina, são afetados mais rapidamente e demoram por volta de cinco sessões para serem afetados.
Pelos mais finos e claros levam até 12 visitas. Mesmo sendo um método consolidado e com mercado em ascensão, é um processo delicado e precisa ser feito por profissionais especializados.
Quais os cuidados são recomendados na depilação a laser?
Além de procurar locais certificados para fazer o processo de forma segura, existem outros cuidados bem-vindos antes de fazer um tratamento de depilação a laser.
O comprimento de onda, definido em nanômetros (nm), muda de acordo com o tipo de pelo e cor de pele que vai fazer o tratamento. Se você tem a pele mais escura, tome cuidado redobrado: a melanina é um fator chave do processo, desde a concentração do pigmento na região do pelo até a escolha da máquina mais adequada.
Quais os benefícios e riscos da depilação a laser?
Além de evitar o processo com lâmina, a depilação a laser é rápida e durável, já que em 10 sessões de 10 minutos é possível conseguir resultados que permanecem por alguns anos, sem precisar recorrer a outros métodos de remoção dos pelos nesse período.
Apesar de parecer um método agressivo em função dos resultados radicais, ela não gera sequelas significativas a longo prazo. Um dos temores comuns quanto à técnica é baseado em um mito: a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) reforça que a depilação a laser não aumenta o risco de câncer de pele.
Mesmo assim, é preciso cuidado, especialmente em casos de pele mais sensível. Afinal, o método é baseado no aquecimento da pele, e muitas pessoas descrevem uma sensação de queimação durante as sessões.
Se a sua pele já está irritada ou com sensibilidade, seja com herpes ou algum tipo de ferida, evite. O método também não é indicado para gestantes e pessoas com doenças autoimunes.