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“Colágeno caseiro”: entenda por que essa ideia não faz sentido

Responsável pela firmeza e elasticidade da pele, a proteína mais abundante do corpo humano não é integralmente absorvida por meio da alimentação

Por Luana Pazutti
6 set 2024, 10h38
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Receitas de colágeno caseiro normalmente incentivam a mistura de gelatina com outros produtos, mas absorção pela alimentação é pouco eficiente (shurkin_son/Freepik)
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De tempos em tempos, circulam na internet fórmulas que prometem combater as marcas do envelhecimento na pele. Entre as mais recorrentes, estão receitas de colágeno caseiro, que supostamente auxiliam na diminuição das rugas e linhas de expressão, conferindo uma aparência mais jovial.

As misturas milagrosas, contudo, não são tão eficazes quanto parecem. Embora contenham ingredientes saudáveis, não há evidências de que elas servem para aumentar os níveis de colágeno no organismo ou proporcionar resultados visíveis.

+Leia também: Colágeno nu e cru: tudo que você precisa saber sobre essa proteína

O que é o colágeno?

O colágeno é a proteína mais abundante do corpo humano e o principal componente estrutural dos tecidos conjuntivos, pele, músculos, ossos, cartilagens, tendões e ligamentos. Ele também faz parte dos órgãos, vasos sanguíneos e revestimento intestinal.

Produzida naturalmente pelo organismo, essa substância possui 28 variações e desempenha um papel fundamental no fornecimento de estrutura, força e suporte para o corpo.

Os principais compostos do colágeno são os aminoácidos, especialmente a prolina, glicina e hidroxiprolina, que se agrupam em uma estrutura de hélice tripla.

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O que acontece com o colágeno conforme envelhecemos?

Uma das principais funções dessa proteína é garantir a elasticidade e firmeza da pele. Com o envelhecimento, o corpo passa a produzir menos colágeno. Paralelamente, a substância perde qualidade e se decompõe mais rapidamente.

Dores musculares, pele flácida, rugas, marcas de expressão, desconfortos nas articulações, perda de mobilidade e, até mesmo, problemas com fluxo sanguíneo são algumas das consequências mais comuns desse cenário.

O dilema das receitas de colágeno caseiro

A maioria das receitas de colágeno caseiro apontam o consumo de gelatina como um suposto aliado para aumentar os níveis da proteína. As mais comuns sugerem a mistura do item com leite de coco e água, mas há opções mais elaboradas, que unem banana, uva passa, gelatina, canela e água.

A combinação de linhaça, gergelim, sementes de girassol e abóbora, fermento e cúrcuma em pó também é uma sugestão, que, embora seja rica em nutrientes, não interfere na produção de colágeno. Ou seja, nenhuma dessas receitas vai deixar a sua pele mais firme ou evitar o envelhecimento.

Mas, por que elas não são eficazes? A resposta é simples: o colágeno não pode ser absorvido integralmente pelo corpo. Na verdade, as proteínas ingeridas são quebradas e convertidas em aminoácidos. Portanto, consumir alimentos ricos em colágeno não resulta diretamente em níveis mais altos dessa substância.

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O que realmente funciona?

Apesar de não atuarem propriamente no aumento do colágeno, há alguns alimentos que podem fornecer substâncias responsáveis pela produção da proteína. Nutrientes como vitamina C, zinco, cobre e aminoácidos têm esse papel.

A suplementação de colágeno também é uma possibilidade. Ela geralmente é feita por meio do colágeno hidrolisado, que corresponde à molécula já fragmentada em aminoácidos capazes de serem absorvidos pelo corpo. No entanto, há poucos estudos que atestem a eficiência desses suplementos e sua ingestão deve ser indicada por um profissional da saúde.

Para quem quer reduzir os efeitos do envelhecimento na pele, uma das melhores e alternativas é evitar alguns hábitos que aceleram esse processo.

O tabagismo, a ingestão de alimentos altos em açúcar refinado e carboidratos e a exposição à luz ultravioleta são alguns deles. Mas, mesmo tomando cuidados, o envelhecimento (e a perda do colágeno resultante dele) são inevitáveis.

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