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No enredo do transtorno alimentar

Romance acompanha mulher com o problema — e reflete sobre sofrimento e superação

Por Thaís Manarini
Atualizado em 27 dez 2022, 12h24 - Publicado em 27 dez 2022, 12h24

Em FaminTA, seu livro de estreia pela editora Patuá (clique aqui para comprar), a advogada Tatiana Cavalcante coloca o transtorno alimentar — ou TA, a sigla incluída no título — no centro da trama e do debate. Por meio de uma narrativa realista e imersiva, ela propõe a reflexão de que esse tipo de problema está mais próximo do que imaginamos.

“Precisamos olhar com seriedade para esses transtornos e para a saúde mental de modo geral”, avalia. A autora fala com conhecimento de causa: o de quem tem o diagnóstico da condição. “Vivi muito tempo pensando que as questões que eu enfrentava aconteciam só comigo”, revela.

Embora Tatiana escreva em primeira pessoa, o livro não é uma biografia. “É inevitável não dialogar com sentimentos reais e algumas de minhas memórias, mas a construção dos personagens e do enredo foi fortemente alicerçada na ficção”, avisa. É que Tatiana não quer contar uma única história.

“Desde o primeiro momento pensei em FaminTA como sendo ‘nosso’, no sentido de que o personagem principal pode ser eu, você ou qualquer conhecido”, explica.

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Entrevista com a autora

VEJA SAÚDE: Você recebeu o diagnóstico de transtorno alimentar. A escrita ajudou a lidar com isso?

Tatiana Cavalcante: Com certeza. Durante o tratamento, a escrita foi uma maneira que encontrei de externalizar questões internas e organizar sentimentos e pensamentos, além de conseguir entender um pouco mais sobre mim, minha história e quanto tudo isso reverbera nos gatilhos do TA.

É uma ferramenta que me coloca em contato mais próximo com as emoções que rodeiam os dias bons e ruins.

No início do livro, lemos que a protagonista, que não tem nome, pode ser qualquer um. Acha importante frisar que a pessoa com transtorno alimentar não tem um perfil específico?

Tatiana: O TA, seja ele qual for, não tem rosto, corpo, gênero, etnia, orientação sexual, idade ou classe social específicos. Daí essa percepção que procurei trazer de que qualquer um poderia ser “faminTA”.

É até uma forma de alertar para a gravidade desses transtornos e para a crescente taxa de diagnósticos no mundo todo.

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+ Leia também: Restrição à mesa aumenta o risco de transtorno alimentar

Por que todo mundo deveria se familiarizar mais com o tema, mesmo não sofrendo de TA?

Tatiana: Muitos não sabem quando alguém da família, o parceiro ou um amigo têm algum tipo de TA, e é comum os pacientes esconderem suas compulsões. Então, o transtorno pode passar despercebido. É sorrateiro e silencioso.

Por isso é tão importante buscar materiais que falem sobre o TA, bem como não julgar, ter empatia, estar disposto a estender a mão e saber quanto essa ajuda e o apoio são essenciais para o tratamento.

Ficha técnica

FaminTA: uma história sobre TA — Transtorno Alimentar e outras coisas mais
Autora: Tatiana Cavalcante
Editora: Patuá
Páginas: 248

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