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Introdução alimentar: o que oferecer no primeiro ano da criança

O prato ideal para bebês em introdução alimentar é colorido e deve apresentar sabores variados, entre feijões, tubérculos, carne e verduras

Por Thiago Müller
28 abr 2025, 15h25
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Alimentos in natura e minimamente processados são os mais adequados para a introdução alimentar (Freepik/Freepik)
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O leite materno deve ser o alimento exclusivo dos bebês até os seis meses de idade. A partir dessa idade, tem início a introdução alimentar, fase que pode ser motivo de dúvidas e inseguranças entre os pais.

Dos seis meses em diante, novos alimentos devem ser apresentados à criança, de forma a complementar o leite materno.

Para cada faixa etária, existem diferentes formas de oferecer os alimentos. Também há ingredientes que podem até parecer saudáveis, mas não são ideais para crianças pequenas. Estar munido de conhecimento é importante não apenas para garantir uma dieta saudável, mas para evitar engasgos e outros problemas.

O que oferecer no primeiro ano de vida 

A introdução alimentar deve começar aos seis meses, desde que a criança apresente sinais de prontidão, como conseguir sentar sem apoio e se interessar pelos alimentos.

É comum que a criança não coma, ou mesmo cuspa a comida ao provar, mas isso não é motivo de preocupação: é só a reprodução do movimento que o bebê faz ao mamar, colocando a língua para fora, e não significa que ela está recusando o alimento.

No início da introdução alimentar, a criança passa a receber 3 refeições ao dia, que podem tanto ser compostas de um almoço, um jantar e um lanche quanto de um almoço ou um jantar mais dois lanches. O leite materno deve continuar a ser oferecido em livre demanda.

A criança pode comer, desde os seis meses, praticamente todas as carnes, frutas, grãos, legumes e verduras, desde que preparados da maneira correta para que ela consiga comer com segurança.

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Para garantir todos os nutrientes essenciais, quatro tipos de alimentos devem compor o prato dos bebês aos seis meses:

  • Feijões;
  • Cereais, raízes ou tubérculos;
  • Carne ou ovos;
  • Legumes e verduras.

Já as frutas podem servir como sobremesa logo após a refeição ou serem oferecidas como lanche.

Quando o bebê completa seu primeiro ano, a dieta já pode incluir quatro refeições diárias, com direito a café da manhã e da tarde. A partir daí, pães e cereais podem integrar o primeiro lanche do dia.

+Leia também: 12 passos para uma introdução alimentar de sucesso

Como oferecer os alimentos?

De início, os alimentos devem ser oferecidos amassados com garfo. Não é recomendado passar a comida pelo liquidificador ou pela peneira. Por exemplo, feijões devem ser amassados com o garfo, enquanto legumes, verduras e tubérculos são sempre bem cozidos e macios e, igualmente, amassados. Carnes, por sua vez, em pedaços muito pequenos ou desfiadas.

A porção também importa: o ideal é começar com quantidades bem pequenas. No prato dos bebês de seis meses, uma colher de sobremesa de cada alimento é suficiente para apresentar os sabores. Depois, é possível aumentar gradualmente até chegar a três colheres de sopa.

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Entre os sete e oito meses, dá para começar a colocar alimentos cortados em pedaços pequenos no prato. Outra opção é amassar a comida de forma mais rústica. A criança costuma comer de três a quatro colheres de sopa nessa época.

Por volta dos nove meses, a criança já pode recebê-los cortados em partes um pouco maiores, em porções de cerca de cinco colheres de sopa. A ideia é ir evoluindo gradativamente as texturas.

Em qualquer etapa, respeite sempre os sinais de fome ou saciedade da criança. Alguns comportamentos ligados à fome são chorar e, à mesa, segurar a mão de quem oferece a comida, assim como abrir a boca e se inclinar para a frente.

Para mostrar que já está satisfeito, o bebê pode desviar o corpo ou fechar a boca. Empurrar a mão do pai ou responsável que oferece a comida também é comum.

Além de usar a colher, é indicado deixar que a criança toque e segure o alimento. Com o passar dos meses, a própria criança pode segurar a colher.

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Sal e temperos 

O sal só pode ser oferecido após os 12 meses. Já temperos naturais, como ervas, páprica e açafrão, podem e devem fazer parte do prato desde os seis meses de vida.

Melhor evitar

O leite materno segue sendo uma importante fonte de nutrientes nessa fase. A complementação dele, seja por águas ou chás, não é recomendada por especialistas. Sucos só são indicados depois do primeiro ano. Frutas devem ser oferecidas em pedaços, para preservar as fibras alimentares. Não é preciso substituir o leite materno por leite de vaca, bebida láctea ou fórmula a partir da introdução alimentar.

A qualidade do alimento também é central para manter a saúde da criança em dia: opte sempre por produtos in natura ou minimamente processados, inseridos em uma dieta balanceada e rica em nutrientes diversos. 

Para facilitar a vida, é normal recorrer a produtos prontos na prateleira. Mas fica o aviso: fuja de opções como mingau pronto, papinha industrializada ou outros produtos com conservantes, como temperos instantâneos. 

Uma boa dica é apostar em uma dieta saudável para toda a família. Assim, não é necessário preparar uma comida diferente para a criança, apenas adaptar as porções e amassar ou fatiar os alimentos. Vale ressaltar que, nos primeiros anos de vida, é preciso evitar enlatados, guloseimas, salgadinhos e sucos industrializados. A alta concentração de gorduras e açúcares está associada ao excesso de peso e às cáries.

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Uma armadilha das prateleiras do supermercados está nas carnes: apesar de parecerem saudáveis, opções como hambúrgueres prontos, carnes empanadas ou embutidos são ultraprocessadas.

Ah, e o açúcar só deve entrar em cena depois do segundo aniversário.

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