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Introdução alimentar: conheça os alimentos proibidos para bebês até os 2 anos

Para evitar riscos à saúde no longo prazo, saiba o que é melhor evitar até a criança crescer um pouco mais

Por Maurício Brum
10 jul 2025, 15h30
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Alimentos in natura e minimamente processados são os mais adequados para a introdução alimentar (Freepik/Freepik)
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A introdução alimentar é uma fase importante na vida de qualquer bebê. É o momento em que, mesmo que a maior parte dos nutrientes continue vindo do leite materno, a família deve começar a acostumar a criança com novos sabores e texturas, preparando-a para o futuro.

Além de incentivar uma nutrição rica nos anos vindouros da infância, uma introdução bem feita também está associada a uma menor chance de desenvolver alergias alimentares que podem seguir atormentando no futuro. Mas, como é natural, nessas horas, impera a preocupação sobre como garantir que os pequenos atravessem esse momento sem correr riscos.

Confira as melhores maneiras de fazer a introdução alimentar e o que deve ser evitado até que eles cresçam um pouco mais.

+ Leia também: Introdução alimentar: o que oferecer no primeiro ano da criança

Como conduzir a introdução alimentar

Até os seis meses de idade, o leite materno deve ser o alimento exclusivo do bebê. A criança pode seguir sendo amamentada até por volta dos dois anos, sem que haja contraindicações para isso, e o aleitamento deve continuar sob livre demanda.

A partir do sexto mês (salvo quando houver indicação médica para postergar ou antecipar), é o momento de começar a introduzir novos alimentos. Quando a criança começa a apresentar sinais de prontidão e desenvolve mais seu sistema imunológico, é possível começar a oferecer pedacinhos de alimentos nutritivos como feijões, cereais, raízes, tubérculos, carne, ovos, legumes e verduras.

Amasse ou triture bem e, conforme ela vai crescendo, vá oferecendo pedaços maiores. E não se assuste se houver rejeição no início: é parte do aprendizado! Tudo é novo, e texturas e sabores diferentes podem incomodar. Mas sempre conte com a orientação de um pediatra para garantir que o processo está sendo feito da melhor maneira.

Alimentos que não devem ser oferecidos nos dois primeiros anos

Durante a introdução de novas comidinhas, alguns alimentos devem ser evitados nos dois primeiros anos de vida, por diversas razões. Confira:

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1. Doces em geral

Embora sejam uma delícia, doces são ricos em calorias e pobres em outros nutrientes. Além de serem desinteressantes para a saúde bucal, eles podem levar a quadros precoces de obesidade, com vários problemas de saúde associados.

Evite produtos como bolos, bolachas recheadas, sorvetes, balas e outros. Produtos com adoçantes também não devem ser oferecidos – mesmo quando menos calóricos, pois contribuem para criar hábitos alimentares deletérios.

2. Bebidas açucaradas (inclusive sucos)

Uma extensão do item acima, as bebidas açucaradas ou adoçadas têm os mesmos problemas nutricionais e uma preocupação extra: é muito mais fácil consumir grandes quantidades de calorias líquidas.

Essa lista proibida deve incluir achocolatados, chás adoçados, refrigerantes e também sucos industrializados, entre outros.

+ Leia também: O tempo da criança: conheça os marcos do desenvolvimento infantil

3. Frituras

Ricas em gorduras ruins, elas também podem trazer efeitos nocivos para a saúde, além de adicionar calorias vazias à rotina. A forma de preparo também pode levar a desconfortos gastrointestinais.

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4. Produtos com cafeína (cuidado com o chocolate!)

Cafeína em excesso já causa problemas como ansiedade, agitação e distúrbios de sono em adultos. Imagine em crianças pequenas, que precisam de uma dose muito menor para sentir os efeitos!

Não é só café: refrigerantes, diferentes tipos de chá (com destaque para o chá preto) e até o chocolate são produtos que contêm cafeína e devem ser evitados.

5. Salgadinhos

Além de serem repletos de aditivos desinteressantes para a saúde e terem pouco valor nutricional, os salgadinhos industrializados são bombas de gordura e sódio. Criar esse hábito aumenta a propensão à obesidade e a problemas cardiovasculares.

O que pode entrar em cena após o primeiro aniversário?

Alguns produtos devem ser evitados no primeiro ano de vida, mas podem começar a ser introduzidos aos poucos a partir dos 12 meses.

1. Sucos naturais

Sem qualquer adição de açúcar, eles podem ser boas opções para adicionar mais nutrientes à rotina de forma fácil.

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O recomendado é evitar ao longo do primeiro ano porque, apesar de terem muitos benefícios, eles não são nutricionalmente completos (não contam, por exemplo, com proteínas, fundamentais para o crescimento) e podem reduzir o apetite dos pequenos.

2. Mel

O mel é outro produto muito calórico que deve ser introduzido com muito cuidado, já que sua doçura pode prejudicar a introdução de outros alimentos e influenciar o paladar.

Além disso, as características do insumo incluem um risco inerente de botulismo – outra razão para adiar seu oferecimento, ainda que a doença seja bastante rara.

3. Sal e outros condimentos

Introduzir o sal cedo demais na vida aumenta a propensão a problemas cardiovasculares no futuro. O ideal é evitar ao máximo, só começando a utilizar pitadinhas aos poucos depois dos primeiros 12 meses.

Comece utilizando apenas sal de cozinha com quantidades que você consegue determinar, evitando temperos prontos cujo teor de sódio é mais difícil de mensurar.

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+ Leia também: De 2 a 5 anos: os novos mil dias críticos para a vida da criança

E o leite de vaca?

Muitas listas recomendam evitar o leite de vaca, pelo menos, até o primeiro aniversário. A melhor alternativa seria a fórmula. Mas essa orientação hoje não é mais universal: desde 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aceita que esse alimento seja oferecido a partir dos seis meses.

A controvérsia em torno da mudança é que o leite de vaca não é tão nutricionalmente completo, oferecendo menos vitamina D e ferro, além de uma menor quantidade de DHA, um tipo de ômega-3 importante para o desenvolvimento cerebral.

Ou seja: é uma opção desde que a criança tenha um suprimento adequado desses nutrientes através de outras fontes, o que nem sempre é possível em um momento tão precoce da introdução alimentar. Se o pediatra considerar que ainda é cedo para isso, é melhor adiar, mas cada caso deve ser avaliado individualmente.

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