Frutose artificial piora o metabolismo e pode aumentar gordura no fígado
Ingrediente está em ultraprocessados — não nas frutas in natura

A frutose é um açúcar naturalmente encontrado em vegetais. E, nessa configuração, ela chega ao organismo junto a fibras, vitaminas e minerais. Tudo tranquilo!
Acontece que a versão sintetizada dessa substância, utilizada em produtos ultraprocessados como bebidas de caixinha, pode ter efeitos nocivos no organismo.
É o que atesta um novo estudo brasileiro ao revelar o impacto do ingrediente na forma como o corpo aproveita a glicose, o que contribui para a desregulação dos níveis de açúcar no sangue e o acúmulo de gordura no fígado.
Segundo os autores, o excesso de frutose na dieta ativa um hormônio intestinal, o GLP-2, que exacerba a absorção da glicose, fator que pode contribuir para diabetes e problemas hepáticos.
Atenção: o GLP-2, hormônio afetado pela ingestão de frutose, atua totalmente diferente do GLP-1, aquele mimetizado por remédios para diabetes e obesidade, como semaglutida e tirzepatida.
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Não confunda mais: entenda a diferença entre os açúcares simples
Glicose
Fonte de energia favorita do corpo, é o açúcar mais comum e está presente na maioria das redutos de carboidrato simples, como arroz, batata ou farinha de trigo.
Frutose
Presente nas frutas, é considerado o mais doce de todos, sendo quase duas vezes mais potente que a sacarose, a base do açúcar refinado ou de mesa.
Galactose
Junto a uma molécula de glicose, forma a famosa lactose, açúcar presente no leite e produtos lácteos derivados. Não é encontrada isolada ou livre na natureza.
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