Da polpa à casca: conheça os benefícios do cajá

Fruta típica das regiões Norte e Nordeste é rica em fibras e vitaminas. Saiba mais sobre suas propriedades e como incluir na alimentação

Por Clarice Sena
23 jul 2024, 17h30

Você lembra da canção Morena Tropicana, de Alceu Valença? Nela, o cantor fala sobre um beijo travoso, de umbu, cajá. Tão forte como a paixão relatada na música é justamente o gosto do cajá, conhecido pela sua acidez e amargor.

O cajá é o fruto da cajazeira (Spondias mombin L.), uma árvore da família das Anacardiáceas. Esse grupo compreende cerca de 17 espécies responsáveis por outras frutas similares como a cajarana, a ciriguela (ou seriguela) e o umbu.

A colheita varia de acordo com o estado e geralmente ocorre entre fevereiro a maio na Bahia e entre maio e junho na Paraíba. O fruto tem uma cor que varia do amarelo ao alaranjado e uma casca fina e lisa. A parte mais aproveitada é a polpa, bastante suculenta e proveitosa em diversas receitas.

Quais são as propriedades do cajá?

O cajá é rico em fibras, importante para a saúde do intestino. Também é uma ótima fonte de fósforo, ferro e cálcio, ajudando a prevenir doenças como a osteoporose e a anemia. Ele ainda contém as vitaminas A e C, que ajudam a fortalecer o sistema imunológico.

Tanto o extrato do cajá quanto as suas folhas são ricos em ácido clorogênico e ácido elágico, compostos fenólicos com propriedades antioxidantes. Associado a este último, o ácido gálico também ajuda a proteger a mucosa gástrica.

Como incluir o cajá na alimentação?

Pelo seu forte sabor ácido, é difícil consumir o cajá in natura (o que é sempre ideal). Contudo, a fruta é amplamente aproveitada em suco, néctar, sorvetes e geleias. Pode ser utilizado no preparo de várias sobremesas, como na forma de doce tradicional, com água e açúcar, incluindo um creme.

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O sorvete de cajá vai bem com uma calda doce, realçando sabores cítricos. Da mesma forma, pode ser utilizado na preparação de molhos para consumir com carnes brancas e outros pratos leves.

Lembre-se, no entanto, que muitos preparados doces podem acabar “anulando” os benefícios da fruta em função da adição de açúcares e gorduras. Nesses casos, você está aproveitando mais o sabor do que as vantagens nutricionais.