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Beber café sem açúcar ajuda a raciocinar? Saiba o que diz a ciência

Quantidades moderadas de café exibem benefícios para a cognição e a memória, mas a adição de açúcar é pouco avaliada pela ciência

Por Valentina Bressan
11 dez 2025, 15h44 •
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Não ultrapasse as quatro xícaras (pequenas) por dia (Pawel Czerwinski/Unsplash)
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  • Muita gente só consegue começar a trabalhar ou a estudar depois de uma boa xícara de café. Seja expresso ou passado, na cultura popular o café é conhecido como incentivo para a concentração e a produtividade.

    Mas o que diz a ciência? Algumas respostas estão em um estudo de 2014, que voltou a circular pela internet nesta semana: a cafeína ajuda na consolidação da memória pelas 24 horas posteriores ao consumo. O principal benefício é relativo à memória de longo-prazo.

    Cientistas da Universidade da Califórnia e da Universidade Johns Hopkins conduziram um estudo onde os participantes só consumiam o café depois de estudar. Assim, os efeitos sobre a memória podem ser percebidos como distintos de outras ações da cafeína sobre o organismo – efeitos sobre a atenção, velocidade de processamento, vigilância e estado de alerta já eram conhecidos pela ciência.

    Conheça outros benefícios do café a seguir.

    +Leia também: Café pode ajudar coração a bater no ritmo certo, diz novo estudo

    Como o café atua sobre o corpo?

    O café tem uma alta biodisponibilidade. Isso quer dizer que ela é totalmente absorvida pelo estômago e pelo intestino, e chega bem rápido na corrente sanguínea depois de ingerida. O estudo de 2014 comprova esse efeito: os picos de cafeína nos participantes foram notados 1h e 3h após a ingestão da substância.

    Os achados quanto à dose também são interessantes: ao considerar os efeitos sobre a memória, a performance foi melhor entre quem tinha ingerido 200 mg de cafeína. Consumir menos que isso não gerou o mesmo efeito, e consumir mais não aumento a performance. Os mecanismos por meio dos quais a cafeína afeta a memória de longo prazo ainda não são plenamente conhecidos.

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    O que se sabe é que quantidades moderadas de cafeína melhoram a memória opeeracional e a atenção. Mas em quantidades moderadas: mais de cinco ou seis xícaras podem ter o efeito contrário e prejudicar o cérebro, como apontam outros estudos.

    Uma pesquisa recente mostrou que até o horário em que se bebe o café pode afetar sua atuação sobre o corpo: em um estudo observacional, os cientistas perceberam que pessoas que bebiam café de manhã (entre as 4h e as 12h) tinham menos chance de morrer de doença cardiovascular. Essa associação não é de causa e efeito, portanto, não se aplica a todos e não há uma ligação direta entre esses fatos.

    Mas a ciência segue estudando essa bebida tão querida pelos brasileiros. Algumas pesquisas já apontam que beber café moderamente pode ajudar a diminuir riscos de morte precoce. Há apostas de que o café possa até ajudar a combater problemas neurológicos, como o Parkinson ou Alzheimer, devido aos seus efeitos protetivos,  embora não haja comprovação dessa hipótese por enquanto.

    O limite diário recomendado para adultos é de 400 mg de cafeína: o equivalente a cerca de 8 expressos. Essa dose já é alta e, acima disso, riscos sérios à saúde aparecem. Vale lembrar que chá, chocolate, refrigerante, erva mate e energético também contém cafeína e entram nessa conta. Crianças não devem consumir cafeína, e gestantes devem ter cuidado com o café consulte o seu médico para saber qual o limite mais adequado.

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    Exagerar pode levar a insônia, aumento na ansiedade, cefaleia, tremores musculares e taquicardia.

    E o açúcar?

    Embora o consumo café tenha sigo conectado a um risco menor de desenvolver diabetes tipo 2, a maioria das pesquisas usa como base o café sem açúcar. Por isso, é difícil mensurar o impacto de adicionar algumas colheres de açúcar à sua xícara matinal.

    Tampouco dá para saber se o café com açúcar atua melhor do que o café sem açúcar sobre a cognição, por exemplo. Portanto, quando ler sobre algum benefício do café, saiba que os cientistas provavelmente se referem ao café sem açúcar.

    Então, não quer dizer que o café sem açúcar seja obrigatoriamente melhor, mas a combinação é pouco avaliada pela ciência.

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    Mas já existem algumas evidências: enquanto o café é bem visto no mundo fitness por ser praticamente nulo em calorias e acelerar o metabolismo, a adição de açúcar parece contrabalancear esse benefício. Um estudo de 2023 apontou que o café com açúcar foi associado a um ganho de peso ao longo do tempo. Por via das dúvidas, melhor evitar a adição.

     

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