Astaxantina: por que o pigmento que dá cor ao salmão é usado como suplemento?
Utilizado pela indústria alimentícia para dar a cor alaranjada ao peixe criado em cativeiro, carotenoide promete benefícios
Muito usada para pigmentação da carne de salmão, a astaxantina é um corante natural utilizado também como suplemento alimentar, prometendo vários benefícios, como ação antioxidante, promoção da saúde cardíaca e regulação de pressão arterial, entre outros.
Apesar de ser bastante estudado para fins terapêuticos, ainda não há como dizer exatamente se o uso da astaxantina isoladamente traz mesmo tantos benefícios assim.
Descubra o que a ciência já sabe sobre o produto.
O que é a astaxantina
A astaxantina é um carotenoide, um grande grupo de substâncias responsável por conferir cores a frutas e outros alimentos. Normalmente são extraídos de plantas, algas, fungos, bactérias e certos animais. Nesse caso, ela está presente nas microalgas Haematococcus pluvialis.
Essa alga participa da dieta de camarões, que acumulam o pigmento com o tempo. Eles, por sua vez, são alimentos dos salmões selvagens, que adquirem a cor laranja. Nos peixes criados em cativeiro, a astaxantina é adicionada à ração para chegar à mesa com a cor que associamos a ele.
Para além disso, os carotenoides são bastante estudados pela possível função terapêutica, e muito presentes em frutas e verduras de cor vibrante. A cenoura, por exemplo, é rica em betacaroteno, enquanto o tomate é famoso pelo licopeno; já a abóbora tem alfacaroteno.
Benefícios da astaxantina
O benefício mais falado acerca dos carotenoides (e não é diferente com a astaxantina) é a ação antioxidante.
A astaxantina também parece diminuir a indução de biomarcadores de inflamação e de danos oxidativos do DNA, o que também promete uma ação antitumoral, mas esses achados se referem a estudos com roedores ou com células humanas em laboratório. Ainda não é possível dizer que ela teria o mesmo efeito no corpo humano.
Em pesquisas feitas com pessoas, sabe-se que ela ajudou a aumentar a resposta imune.
Quanto às doenças cardiovasculares, há evidências também preliminares que sugerem que a astaxantina pode agir na diminuição da pressão sanguínea e de marcadores inflamatórios, assim como melhorar a sensibilidade à insulina no fígado.
Ao contrário de outros carotenoides, a astaxantina não atua como um precursor da vitamina A. Se, por um lado, isso acaba sendo uma desvantagem para quem busca o micronutriente, por outro essa característica ajuda a aumentar sua segurança como suplemento, evitando a toxicidade por hipervitaminose.
Priorize a alimentação
De forma resumida, dá para afirmar que a astaxantina é promissora para fins terapêuticos e farmacológicos, mas ainda faltam mais estudos que realmente ditam como ela funciona no corpo humano e até que ponto sua suplementação pode ser eficaz.
Se você precisa adicionar mais carotenoides na rotina, o indicado é sempre apostar em obtê-los por meio da alimentação. Além de economizar, isso pode render dietas mais saudáveis e que integram mais nutrientes, como vitaminas, minerais e fibras.
Consulte sempre um profissional de saúde antes de iniciar uma suplementação nutricional, para saber até que ponto ela é realmente necessária ou benéfica para o seu caso.
Uma rara odisseia: pesquisa revela os desafios de quem tem AME tipo III
Chá de noz-moscada: cuidados no consumo e possíveis benefícios
Chá de sucupira: o que é e para que serve
Estudo mostra o que é uma “boa morte” para quem vive com demência
ACESSA anuncia os finalistas do 4º Prêmio Autocuidado em Saúde
ACESSO LIVRE COM VIVO FIBRA