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Água boa se vê no rótulo

Isso mesmo: até na hora de comprar água mineral é preciso ficar atento às informações da embalagem. Aprenda a reparar no que importa

Por Débora Fiorini (colaboradora)
Atualizado em 13 set 2019, 12h51 - Publicado em 24 jul 2015, 08h03
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Escolher uma garrafa de água mineral no supermercado parece tarefa fácil: basta comparar os preços e o tamanho da embalagem. A que mostrar melhor custo/benefício vai para o carrinho. Tsc, tsc… Ledo engano. Há diferenças importantes na composição dos produtos – e elas devem ser levadas em conta pelo bem da sua saúde. As discrepâncias que vão parar na garrafinha começam a ser traçadas, na verdade, lá quando a chuva cai. “A água passa pela terra e se acumula em um aquífero. Esse contato com o solo e as rochas é o que dá ao líquido suas características”, explica o geólogo Cleuber Moraes Brito, da empresa de mineração CMB, em Londrina, no Paraná.

Aí, fatores como região, fonte, temperatura e tipo de solo interferem nas qualidades químicas do produto. Por essa razão, dificilmente os rótulos têm informações similares. Agora, mesmo com essas peculiaridades, há um padrão estabelecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele prevê que as empresas informem as oito principais substâncias presentes no líquido. Também é necessário estampar qual é a sua classificação de acordo com o Código de Águas Minerais (o que varia muito, pois há mais de dez identificações possíveis). Por exemplo: se a água possuir em sua fórmula mais cloreto de sódio do que outros elementos, será tachada de “água cloretada”.

Nesse cenário, a nutricionista Ana Paula Gines Geraldo, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, recomenda a água oligomineral. “Ela contém diversos tipos de sais, todos em baixa concentração”, justifica. A dica, portanto, é evitar os produtos com excesso de algum ingrediente, como a tal da cloretada. “O ideal é que, desse ponto de vista, a água seja equilibrada”, afirma Cleuber. Só que atenção: por mais balanceada que seja, ela serve para hidratar, e não para repor nutrientes em falta. “Isso depende de alimentos”, avisa Ana.

Pensa que o pente-fino acabou? Que nada. Ainda é preciso assegurar que o produto está bem conservado. Quem ensina como fazer isso é o geólogo Carlos Alberto Lancia, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Água Mineral: “Vire a garrafa e aperte seu fundo. Se a tampa ficar molhada, significa que ela não está bem fechada e a qualidade do líquido pode estar comprometida”. Pois é. Há muito mais diferenças entre uma água e outra do que sonha o consumidor.

DE OLHO NA GARRAFA
Abaixo, os elementos que merecem uma avaliação mais minuciosa:

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PH

Ele fica entre 5 e 8 nas águas vendidas aqui. Mas o pH ideal é entre 7 e 9,5, mais alcalino. Isso porque pHs mais ácidos, de 0 a 6, atrapalham o organismo em sua tarefa de anular os radicais livres.

Potássio

Quanto mais, melhor. Esse mineral é bem-vindo aos músculos, evita cãibras e favorece o controle da pressão arterial. A água não é boa fonte da substância, mas ajuda a compor a conta.

Magnésio

Uma bebida mais abastecida com esse nutriente pode auxiliar em dificuldades intestinais. Estudos também indicam que ele contribui para o equilíbrio dos níveis de glicose no sangue.

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Cálcio

É um dos componentes mais comuns nas garrafinhas. Ainda bem! Trata-se de um baita aliado na manutenção dos ossos. Assim, protege contra a osteoporose.

Sódio

Em excesso, ele eleva a pressão. Por isso, se houver  mais de 200 miligramas por litro, o termo “contém sódio” precisa estar na embalagem. O melhor é optar pelo produto com menor teor desse mineral.

Bário e nitrato

São substâncias que, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), fazem parte do grupo de químicos prejudiciais ao organismo. Logo, devem aparecer em doses pequenas (bem abaixo de 0,7 mg/l e 50 mg/l).

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