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Voluntariado faz bem à saúde mental, especialmente de pessoas idosas

De um lado, não restam dúvidas da importância social da caridade. De outro, a ciência mostra benefícios impressionantes do ato de se doar

Por Lucas Rocha Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
28 mar 2025, 10h02
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Voluntariado transforma a vida de quem ajuda e de quem é apoiado (Foto: Compassionate Eye Foundation/Siri Stafford/Getty Images/Veja Saúde)
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A máxima de que tudo o que se faz volta em dobro ganha novos contornos à luz de estudos recém-publicados. Em poucas palavras: ajudar o outro se reverte em benefícios ao nosso próprio estado físico e mental, especialmente quando já somos idosos.

Um desses trabalhos aponta que a prática frequente de boas ações pode desacelerar o envelhecimento biológico, oferecendo potenciais ganhos em termos de saúde pública.

Outra pesquisa, divulgada no periódico American Journal of Preventive Medicine, constatou que pessoas que fazem voluntariado tendem a ficar melhor emocionalmente e a viver mais.

Conforme envelhecemos, somos suscetíveis a uma série de perdas, algumas naturais da vida, outras decorrentes de questões trabalhistas, socioeconômicas e aquelas originadas pelo etarismo, o preconceito que temos pelo envelhecimento e por quem envelhece.

“Como exemplos dessas perdas, podemos citar a aposentadoria, que muda completamente a vida da pessoa idosa, e que, se não for muito bem planejada, resulta em quadros de depressão e isolamento social. Há também geralmente uma diminuição na renda, além da despedida do papel de protagonismo familiar e social, em boa parte devido à crença etarista de que a pessoa idosa tem menos valor que a jovem“, elenca o geriatra Eduardo Ferriolli, professor da Universidade de São Paulo (USP).

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+Leia também: Propósito de vida: o segredo para viver mais e melhor

Entre as perdas naturais, existem as mortes de familiares e amigos, as quedas na autonomia por doenças, além do luto no surgimento da viuvez, especialmente entre as mulheres, que têm maior longevidade.

“O voluntariado modifica várias dessas perdas. Ele devolve o senso de participação e relevância social, promove a socialização, cria novas amizades, reduz o isolamento, a depressão e melhora o padrão de sono. Não menos importante, essa atividade diminui a distância entre gerações, combatendo o etarismo”, acrescenta Ferriolli.

Na prática, o corpo colhe vantagens.

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“O trabalho voluntário também aplaca consequências biológicas do envelhecimento, diminui níveis de cortisol e de inflamação sistêmica. Além disso, promove a melhoria de hábitos, combate o sedentarismo e induz o aumento da atividade física”, exemplifica.

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Clique para ampliar (Editoria de Arte/Veja Saúde)
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